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 Nesta terça-feira (30/09), a maioria das agências bancárias do país não abriu suas portas. Os bancários estão em greve geral por melhores condições de trabalho, reajuste salarial, aumento real e mais PLR. A decisão foi tomada depois de centenas de assembleias da categoria recusarem a oferta da FENABAN de reajuste de 7,35% sobre todas as verbas salariais (aumento real inferior a 1%) e 8% sobre o piso.

 

“Os bancários são a mola propulsora desse país. As instituições financeiras faturam muito e quando a categoria exige melhorias, não só salariais, mas também nas questões de saúde,  cláusulas sociais e benefícios, os bancos recuam. Os bancários querem aumento real e a reposição de 100% da inflação do período;  além de uma clausula específica para combater o assédio moral. Não vamos aceitar o cumprimento de metas abusivas. Queremos melhorias nas condições de trabalho, mais segurança preventiva de proteção dos bancários”, reafirma o presidente da CONTEC, Lourenço Prado.

 

A categoria bancária pede um aumento real de 5% mais a reposição da inflação no período. Além disso, querem, na Convenção Coletiva de Trabalho, cláusulas específicas de combate ao assédio moral; o fim da exigência de metas abusivas; piso salarial do Dieese (R$ 2.979,25); e mais PLR.

 

Os bancários querem que o sistema financeiro assuma o compromisso de contratar mais empregados e funcionários e, acabem com as demissões imotivadas. “Temos convicção que isto é possível tendo em vista os robustos lucros que os bancos obtiveram no decorrer dos últimos anos. Só neste primeiro semestre, o lucro líquido dos seis maiores bancos no país somou mais de R$ 56,7 bilhões”.

 

A greve geral dos bancários por tempo indeterminado começou hoje. Gradativamente, as agências estão fechando suas portas. Lourenço Prado afirma que o movimento paredista foi a única opção depois da contraproposta de 7,35% apresentada pela FENABAN, no sábado passado (27/09).

 

“Não queríamos a greve. Mas não tivemos outra saída. Estamos abertos ao diálogo e dispostos a receber nova contraproposta que possa ser avaliada pelos bancários em greve”, disse.

 

“Somente com uma greve forte e muita mobilização, conseguiremos arrancar uma contraproposta que possa culminar na assinatura de uma Convenção Coletiva de Trabalho justa”.

 

ORIENTAÇÃO – Manter as assembleias extraordinárias abertas, passando todas as deliberações para Contec por email (contec@contec.org.br), telefone (61-32445833) e ainda pelos canais de comunicação no twitter e facebook.

 

CAMPANHA SALARIAL DOS BANCÁRIOS 2014

 

Conheça as principais reivindicações dos bancários:

 

- Reajuste salarial:  INPC + 5% de aumento real.

 

- Recomposição do poder aquisitivo (índices econômicos retroativos a 1994).

 

- Piso: R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese)

 

- PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.944,00.

 

- Salário Refeição/ cesta-alimentação/ auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês.

 

- Gratificação de caixa: R$ 1.602,00.

 

- 14º salário.