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Nesta quarta-feira (2), o SIGMUC participou de uma Audiência Pública na Câmara Municipal que tinha como tema a Segurança Pública. As discussões tinham como foco uma ocorrência registrada no Carnaval envolvendo guardas municipais e policiais militares, que foi alvo de questionamentos por parte de segmentos da sociedade ligados à movimentos político partidários. A direção do SIGMUC apresentou informações técnicas e jurídicas sobre a atuação da categoria.

A presidente do sindicato, Rejane Soldani, fez uma defesa enfática do trabalho desempenhado pelos GMs e destacou os desafios enfrentados diariamente devido à falta de valorização, investimentos adequados, e falhas de planejamento da gestão, que deixam o trabalhador da segurança pública em situações onde sua própria integridade física é colocada em jogo.

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“Os GMs que foram chamados para atender a um crime de pichação estavam no exercício legítimo da profissão, e a integridade física destes profissionais bem como a continuidade do trabalho policial, em um determinado momento do atendimento da ocorrência, foi colocado em risco, impondo a necessidade do pedido de apoio a outras equipes, entre elas a da PM”, destacou.

Rejane apontou ainda que as festividades do Carnaval reuniram Cerca de 50 mil pessoas e o chamamento por parte da Prefeitura para acompanhar a cerimônia do Oscar outras 5 mil pessoas. Com isso, ela questionou se o efetivo da Guarda Municipal foi o apropriado para o atendimento seguro do evento. Segundo Rejane, os GMs desempenham um papel essencial na segurança pública, e enfrentam dificuldades relacionado a estrutura de carreira, o que já vem sendo denunciado a muito tempo pela entidade sindical.

“Haviam supervisores, inspetores da GMC para acompanhar os trabalhos e coordenar as equipes operacionais?”, questionou, destacando que atualmente existem 60 supervisores no quadro da GM e deveriam ter em torno de 126.

“Faz 19 anos que não há procedimento para chefias na GMC. O Efetivo de GMs que poderia chegar a 2.999 pela lei municipal, e mais de 3.500 pela lei nacional, está em torno de 1.386, diminuindo a cada dia, mas no dia da ocorrência tinham apenas 8 GMs. Os profissionais, em pleno exercício da profissão diante de um flagrante,  foram hostilizados e a gestão o que faz?”, indagou.

A presidente do SIGMUC também alertou que o Conselho Municipal de Segurança Pública e Defesa Social, aprovado em 2015, até hoje não saiu do papel, e o Fundo Municipal de Segurança Pública, encontrasse inativo, sem recursos.

Fonte: SIGMUC