Notícias

A pesquisa “Por Mais Mulheres na Política” realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e pelo Ipec, com apoio do Ministério das Mulheres, aponta que 89% dos brasileiros gostariam de ver mais mulheres candidatas nas próximas eleições. Foram entrevistados 2.000 pessoas em 129 municípios.

O cenário revelou que a população reconhece a importância da presença feminina nos espaços de poder, mas também enxerga barreiras significativas para sua participação efetiva.

No entanto, a mesma pesquisa mostrou que 77% dos entrevistados acreditam que as mulheres não são incentivadas desde jovens a se interessar pelo tema. Além disso, 84% afirmam que elas sofrem discriminação e deveriam receber mais apoio para ingressar na vida pública.

Dentre os principais obstáculos apontados, 41% destacam o assédio e os ataques machistas dentro e fora dos partidos como um grande empecilho para as mulheres seguirem carreira política.

A falta de apoio da família, dos políticos e dos partidos também é mencionada por 31% dos entrevistados, assim como a percepção de que o ambiente político é excessivamente corrupto para a presença feminina. Além disso, 27% das mulheres relatam que a dificuldade de conciliar emprego, família e política torna ainda mais árdua a sua participação no cenário eleitoral.

Para a secretária de assuntos da Mulher do SMTTRUSP, Edna Andrade, a confiança dos pesquisados na maior presença de mulheres na política retrata a “confiança e seriedade com a qual lidam as questões públicas”. “As poucas mulheres em cargos públicos trabalham com garra e seriedade em suas pautas. Sua conduta gera credibilidade e faz a diferença”, destacou a companheira.

No entanto, a busca por mais espaço na política requer um longo caminho. “A falta de investimento, estímulo e apoio são entraves, mas podem ser superados com a organização das mulheres em fóruns de representação, como o sindical, que abre espaço para defesa do empoderamento feminino”.

O sistema de transporte por ônibus na cidade de São Paulo é formado por mais de sete mil mulheres, nos setores de operação e manutenção, sendo um dos maiores agrupamentos femininos por categoria do movimento sindical brasileiro.

Fonte:SMTTRUSP