28/02/2025
O movimento sindical é muito
importante para a formação da nossa cidadania. Não nos esqueçamos que o
sindicalismo faz parte da democracia, juntamente com o parlamento. As centrais
sindicais devem ter como foco comum a defesa da democracia em sentido amplo com
exercício pleno dos direitos sociais e das escolhas dos mais variados grupos em
decisões plebiscitárias.
A nossa UGT (União Geral dos
Trabalhadores), que tem sido a pioneira na defesa da unicidade sindical e do
custeio para todos os integrantes das categorias (cada uma liderada por seu
sindicato), defende que essa posição deve ser adotada por todas as demais
centrais sindicais do país. O custeio e a unicidade sindical são dois motores
que manterão a nossa unidade, aumentando a nossa capacidade de negociação
coletiva.
Hoje, o sistema funciona da seguinte
maneira: os benefícios conquistados se aplicam a todos os trabalhadores da
categoria, mesmo que haja quem não concorde com as decisões ou prioridades.
Para se fazer ouvir, esses apresentam cartas de oposição. Faz parte da
legislação. Mas vão receber o que foi decidido, mesmo que sejam contra.
Mas, há uma disposição do STF (Supremo
Tribunal Federal) – e esse é o caminho que devemos seguir- permitindo que o que
for decidido numa assembleia de negociação coletiva, a negociação assistencial,
por exemplo, valha para todo mundo. O custeio sindical é muito importante para
que os sindicatos se renovem e tenham força para prosseguir na defesa de seus
representados.
As centrais sindicais defendem o
protagonismo dos trabalhadores (via sindicatos) para dar solução aos problemas
do país, juntamente com os empresários e o governo. Estamos vendo que as
mudanças e transformações do mundo do trabalho mostram um futuro cheio de
desafios. Eles surgem no bojo da Inteligência Artificial (IA) e das tecnologias
que emergem a todo o instante.
O tsunami tecnológico exige que os
profissionais tenham acesso à qualificação e requalificação. O futuro do
movimento sindical dependerá de sua capacidade de adaptação e das respostas que
daremos a esse cenário inovador. Não resta a menor dúvida, se os sindicatos
desejam continuar sendo uma força relevante na luta pelos direitos dos
trabalhadores devem se preparar para enfrentar os desafios impostos pela gestão
algorítmica e pela revolução da Inteligência Artificial. Com a unicidade e o
custeio, temos tudo para alcançar nossos objetivos.
E aqui temos que lembrar e pedir
socorro a um velho ditado, mas que funciona: A UNIÃO FAZ A FORÇA.
UGT - União Geral dos Trabalhadores