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Nova legislação educacional combate desigualdade e melhora rendimento escolar, afirma Roberto Santiago


05/02/2025

A nova legislação que restringe o uso de celulares em escolas públicas e privadas a partir de 2025 representa uma transformação na dinâmica educacional do país. Para a FEMACO (Federação dos Trabalhadores em Serviços de Asseio e Conservação Ambiental, Limpeza Urbana e Áreas Verdes no Estado de São Paulo), a medida promove equidade entre os estudantes, beneficiando especialmente filhos de trabalhadores que estão na base da pirâmide social ao reduzir desigualdades e fortalecer o aprendizado.


“A escola deve ser um ambiente de ensino e desenvolvimento, não um espaço onde as diferenças econômicas se acentuam. A restrição ao uso de celulares contribui para que todos os alunos tenham as mesmas condições de aprendizado, evitando que a posse de um dispositivo caro se torne um fator de status dentro da sala de aula”, destaca Roberto Santiago, presidente da FEMACO.


A decisão surge em um momento em que o uso excessivo da tecnologia tem comprometido a concentração dos alunos e evidenciado disparidades socioeconômicas. Com a nova norma, a prioridade volta a ser o ensino, garantindo que todos tenham oportunidades iguais de aprendizagem.


Redução das desigualdades no ambiente escolar


Para muitas famílias de trabalhadores que estão na base da pirâmide social, a compra de celulares modernos não é uma possibilidade viável. Enquanto alguns alunos dispõem de dispositivos avançados, outros sequer têm acesso a um aparelho funcional. Esse cenário pode afetar a autoestima de crianças e adolescentes, criando um ambiente de exclusão dentro das escolas.


A proibição do uso de celulares em sala de aula reduz essa diferenciação social, impedindo que a escola reflita as desigualdades da sociedade. Sem a influência da tecnologia como símbolo de status, o foco se volta integralmente para o aprendizado.


Além disso, a medida alivia a pressão financeira sobre os pais, que muitas vezes enfrentam dificuldades para atender às demandas de consumo dos filhos. Com a nova regra, os trabalhadores não precisarão se preocupar em adquirir aparelhos caros apenas para evitar que seus filhos se sintam excluídos.


Mais atenção na sala de aula e melhor qualificação para o futuro


Os sindicatos sempre defenderam uma educação de qualidade como instrumento de transformação social e ascensão profissional para os filhos dos trabalhadores. O uso excessivo de celulares tem prejudicado a concentração dos estudantes e impactado negativamente o rendimento acadêmico.


Experiências internacionais demonstram que a limitação do uso de celulares em sala de aula melhora o desempenho dos alunos e a disciplina. Países como França, Reino Unido e Holanda já adotaram políticas semelhantes e observaram avanços na qualidade da educação.


No Brasil, a implementação dessa medida representa um passo significativo para garantir uma formação mais sólida aos jovens, ampliando suas chances de acesso ao ensino superior e a melhores oportunidades profissionais.


Tecnologia, trabalho e saúde mental


Roberto Santiago também alerta para os impactos negativos do uso excessivo de celulares na saúde mental dos estudantes. A dependência digital, que pode levar à ansiedade, insônia e dificuldades de socialização, tem se tornado uma preocupação crescente.


Outro ponto relevante é a exposição precoce a conteúdos prejudiciais nas redes sociais, incluindo a disseminação de informações falsas. Ao limitar o uso de celulares no ambiente escolar, a nova legislação incentiva o pensamento crítico, a interação social e um aprendizado mais eficiente.


“Vivemos em um mundo cada vez mais digital, mas a exposição excessiva à tecnologia desde a infância não prepara os jovens para o mercado de trabalho. Pelo contrário, pode torná-los mais ansiosos e dispersos. Para formar profissionais qualificados e equilibrados, é essencial garantir uma educação estruturada e focada no conhecimento”, ressalta Roberto Santiago.


Compromisso dos sindicatos com a educação


A luta por uma educação pública de qualidade sempre esteve entre as prioridades dos sindicatos, que reconhecem o ensino como peça fundamental para a mobilidade social da classe trabalhadora. A restrição ao uso de celulares nas escolas reforça esse compromisso ao proporcionar um ambiente de aprendizado mais justo e igualitário.


Santiago reafirma seu apoio à medida e defende que a escola deve ser um espaço livre de desigualdades, onde todos os estudantes tenham as mesmas condições de aprendizado.


“Os trabalhadores lutam diariamente por melhores condições de vida para suas famílias. Garantir que seus filhos tenham acesso a uma educação de qualidade, sem influências externas que aumentem as desigualdades, é parte essencial dessa luta. Essa nova lei fortalece esse princípio, e estaremos atentos para que ela seja aplicada corretamente”, conclui Santiago.


FONTE:https://www.femaco.com.br/2025/02/03/nova-legislacao-educacional-combate-desigualdade-e-melhora-rendimento-escolar-afirma-roberto-santiago/




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