15/01/2025
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) manifesta sua total indignação e repúdio à tentativa da empresa 99 de implementar o serviço de mototáxi na cidade de São Paulo. Essa medida desconsidera o impacto sobre a saúde pública e os riscos envolvidos no trânsito da capital paulista, que já enfrenta índices alarmantes de violência no trânsito, especialmente para motociclistas.
"São Paulo é uma cidade que tem um trânsito
extremamente violento, principalmente para quem está de moto. A empresa que já
não quer cumprir suas obrigações trabalhistas agora não se importa com o
problema grave de saúde pública que essa atitude pode gerar", destacou
Ricardo Patah, presidente da UGT.
Dados recentes reforçam a gravidade do tema. Segundo o
Infosiga, em novembro de 2024 foi registrado um aumento significativo nas
mortes de motociclistas na cidade. O Instituto de Traumatologia e Ortopedia da
USP também alertou para o aumento no número de motociclistas que sofreram
sequelas permanentes devido a acidentes. Esses números não apenas expõem a
vulnerabilidade dos motociclistas, mas também evidenciam o peso que esses
acidentes representam para o sistema de saúde pública, que lida com a sobrecarga
no atendimento a vítimas de traumas.
O Sindicato dos Motociclistas de São Paulo (SindimotoSP)
reforça a posição contrária ao serviço de mototáxi. A entidade destaca que essa
modalidade de transporte, além de aumentar o número de vítimas em acidentes de
trânsito, deixa motociclistas e passageiros desamparados em caso de sinistros.
"A insistência da 99 com esse serviço só aumentará o número de vítimas,
além de, nos acidentes, deixar motociclistas e passageiros na mão, arcando com
os custos ou, muitas vezes, com a própria vida", declarou o sindicato.
A UGT também denuncia a conduta recorrente de empresas de
transporte por aplicativo, que frequentemente desrespeitam as obrigações
trabalhistas e não oferecem garantias mínimas de segurança e estabilidade aos
seus trabalhadores. Essa proposta de mototáxi demonstra mais uma vez a falta de
compromisso social dessas empresas, que colocam o lucro acima da vida.
É fundamental que o poder público atue de forma rigorosa
para impedir a implementação desse serviço, que coloca em risco a vida de
milhares de paulistanos. A UGT seguirá mobilizada para defender a segurança dos
trabalhadores e da população em geral, além de lutar contra práticas
empresariais irresponsáveis e que desrespeitam as normas de trabalho e
segurança.
Compartilhe essa mensagem e junte-se à UGT na luta por um
trânsito mais seguro e pela valorização dos trabalhadores!
UGT - União Geral dos Trabalhadores