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Democracia e Verdade em Risco: Um Alerta sobre a Decisão da Meta


08/01/2025

É extremamente grave a decisão da Meta, de Mark Zuckerberg, de dispensar checadores de fatos no Facebook e Instagram, em um momento crítico para a democracia global. Essa escolha não é apenas um retrocesso na luta contra a desinformação, mas também um movimento que reforça a proximidade da empresa com Donald Trump, que está prestes a reassumir a presidência dos Estados Unidos.


A era digital trouxe inúmeros avanços, mas também revelou desafios colossais, como o combate à propagação de notícias falsas. As redes sociais, embora promovam o individualismo e deem uma falsa sensação de anonimato, não estão isentas das leis que regem a sociedade. Racismo, homofobia, e outros crimes cometidos no ambiente virtual devem ser investigados e punidos com o rigor da lei. A liberdade de expressão é um direito inalienável, mas não isenta ninguém das consequências de suas ações.


A decisão de Zuckerberg agrava um problema já existente. Com empresas como a Meta desempenhando um papel crucial na disseminação de informações, permitir que desinformações sejam propagadas sem controle é uma irresponsabilidade que pode ter consequências desastrosas. É inaceitável que uma decisão como essa seja tomada por alguém plenamente consciente do impacto de suas plataformas, que já foram associadas a crises de saúde mental, como a depressão, considerada o "mal do século 21".


As redes sociais têm o poder de moldar opiniões e com isso influenciar eleições e até mesmo instigar atos de violência. Sem mecanismos eficazes de verificação, aumentam os riscos para a sociedade e para a democracia. No Brasil, vimos o impacto direto de discursos de ódio e fake news nas redes sociais, culminando em atos antidemocráticos. A liberdade de expressão não pode ser confundida com liberdade para mentir ou incitar crimes.


A decisão da Meta é um atentado aos direitos fundamentais, incluindo o mais básico deles: o direito à vida. Ao abrir mão de mecanismos de checagem, a Meta coloca em risco milhões de pessoas, ao permitir que desinformações prejudiciais circulem sem restrição. É um alerta de que precisamos agir como sociedade para exigir responsabilidade das grandes corporações tecnológicas.


A UGT continuará vigilante, lutando por uma internet mais justa e segura, que respeite os direitos humanos e promova a verdade. A liberdade é um pilar da democracia, mas ela só pode florescer quando acompanhada de responsabilidade e justiça.

 

Ricardo Patah – Presidente da UGT




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