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Pisos salariais têm ganho real menor em 2013


24/07/2014

Os pisos salariais tiveram ganhos reais menores do que em 2012, sob o impacto da inflação mais elevada e do reajuste menor concedido ao salário mínimo em 2013.

 

Enquanto o aumento real médio foi de 2,8% acima do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador do IBGE usado nas negociações salariais, em 2012 o ganho havia sido, em média, de 5,6% acima da inflação.

 

Apesar de o ganho real médio de 2013 ser inferior nos 685 acordos salariais analisados, ele ficou próximo do aumento real concedido ao salário mínimo, de 2,6%.

 

O reajuste do salário mínimo, que serve de parâmetro para corrigir os pisos, leva em consideração a inflação medida pelo INPC e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

 

No ano passado, o valor médio dos pisos foi de R$ 879,04 --o equivalente a 1,3 salário mínimo de 2013 e cerca de 9% maior, em termos nominais, do que o de 2012.

 

Os dados constam de levantamento do Dieese, que constatou que no ano passado 95,3% dos pisos salariais conseguiram reajustes acima da inflação. Em 2012, esse percentual foi maior, de 98%.

 

Nos 685 acordos analisados, 6% dos pisos equivaliam em 2013 ao salário mínimo vigente nesse ano (R$ 678). Quase um terço deles ficou na faixa até R$ 750, e cerca da metade, no intervalo até R$ 800. Em 16% das negociações, os pisos foram superiores a R$ 1.000 e em somente 1,5% ficou acima de R$ 2.000.

 

Foi no setor de serviços que os técnicos do Dieese observaram o maior valor médio do piso salarial: R$ 931,53. Na indústria, foi R$ 886,07, e no comércio, R$ 802,12. Já no setor rural está o menor valor médio, de R$ 748,22.

 

Entre as categorias que conseguiram os maiores ganhos reais nos pisos estão funcionários da área de saúde do interior paulista (15%), trabalhadores de processamento de dados de Pernambuco (18%) e motoristas e cobradores do Ceará (21%).

 

Já entre as que tiveram correções insuficientes para repor a inflação nos pisos estão corretores de seguro do Paraná, empregados em edifícios do Espírito Santo e vigilantes de Sergipe.

 

Fonte: Folha de S.Paulo

 


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