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São Paulo pode ficar sem limpeza urbana a partir de segunda


04/10/2024

Reuniões frustrantes entre Siemaco-SP e Selur levam profissionais de setor a ameaçar paralisação geral a partir do dia 7

Ugt noticiasEm seu site, o Siemaco São Paulo anunciou que mais de 17 mil trabalhadores do setor de limpeza urbana de São Paulo, entre coletores, varredores, bueiristas e motoristas, podem cruzar os braços na próxima semana. De acordo com a entidade, o risco de paralisação ganhou força após mais uma reunião infrutífera de negociação entre os sindicatos e o setor patronal, realizada nesta quinta-feira (3), na sede do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (SELUR), localizada na Avenida Paulista.

Participaram da reunião a diretoria do SIEMACO-SP, do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Resíduos Industriais e Similares (STERIISP). Apesar das tentativas de diálogo, as negociações estão emperradas desde que a pauta de reivindicações dos trabalhadores foi protocolizada, ainda em julho deste ano. Os trabalhadores pleiteiam um reajuste salarial de 5,56%, que corresponde ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 50%, além de melhorias nos benefícios. No entanto, o setor patronal ofereceu apenas 4%, o que está muito abaixo das expectativas da categoria.


Além do reajuste salarial, os trabalhadores demandam melhorias nas condições de trabalho por meio de 20 cláusulas sociais apresentadas nas negociações. Contudo, o setor patronal sinalizou debater apenas cinco dessas cláusulas, evidenciando o desinteresse em atender às demandas sociais da categoria.


A importância desses trabalhadores para o bom funcionamento da cidade é inquestionável. São eles que, diariamente, garantem a limpeza das ruas, a coleta e o transporte de resíduos, além da desobstrução de bueiros e a manutenção da higiene em espaços públicos. Sem o trabalho desses profissionais, a cidade de São Paulo sofreria um colapso em seus serviços essenciais, impactando diretamente a saúde pública, o trânsito e o bem-estar da população. “Esses trabalhadores são a espinha dorsal da cidade. Sem eles, a qualidade de vida nos centros urbanos seria profundamente afetada. O desinteresse das empresas é, acima de tudo, uma falta de respeito com quem mantém a cidade funcionando”, destacou André Santos Filho, presidente do SIEMACO-SP.


A partir desta sexta (4), serão realizadas assembleias nas garagens para apresentar a proposta patronal aos trabalhadores. A resposta da categoria, no entanto, deve ser dura. “Estamos prontos para dialogar, mas se a proposta continuar ignorando as necessidades da nossa base, não descartamos a deflagração de uma greve na próxima segunda-feira”, declarou André Santos Filho.


A proximidade do fim do prazo de negociação coloca o setor em estado de alerta. Se as demandas não forem atendidas, a cidade pode enfrentar sérios problemas de limpeza e manutenção a partir da próxima semana, afetando diretamente a população paulistana. “A paciência dos trabalhadores está se esgotando. Eles merecem respeito e condições justas de trabalho”, concluiu o presidente do sindicato.


Texto e fotos: Fabiano Polayna




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