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As queimadas que estão devastando o Brasil são um reflexo alarmante de decisões passadas e de uma política ambiental desastrosa. Deixar "a boiada passar" foi mais do que uma metáfora infeliz; foi uma diretriz que teve efeitos reais e devastadores para nosso meio ambiente e sociedade. As investigações apontam para incêndios criminosos, seja com fins políticos ou para aumentar áreas de pastagem, mas o que fica claro é que o descaso com o meio ambiente nos trouxe a este ponto crítico.

Durante a pandemia, enquanto o mundo se concentrava em combater o vírus, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sugeriu que aproveitássemos o momento para desregulamentar e enfraquecer as proteções ambientais. Esta abordagem, alimentada por um negacionismo crônico e uma falta de respeito pelo nosso patrimônio natural, abriu as portas para o caos que estamos presenciando agora.

Mesmo com os esforços do atual governo para reverter os desmontes, estamos enfrentando as consequências diretas dessa política de destruição. O que está em jogo não é apenas o meio ambiente, mas a sobrevivência de comunidades inteiras, a segurança alimentar, a biodiversidade e o futuro do nosso país.

É urgente que a sociedade brasileira se conscientize e que os responsáveis por esses crimes ambientais sejam punidos com o rigor da lei. Não podemos mais permitir que interesses escusos prevaleçam sobre o bem-estar coletivo. O Brasil arde, e com ele, arde a nossa esperança de um futuro sustentável e justo. É hora de virar essa página e lutar por um Brasil que valorize e proteja seu maior tesouro: a vida.

Ricardo Patah - presidente da UGT