30/07/2024
A presença feminina em postos de comando nas esferas governamentais ao redor do mundo tem sido um tema central de discussão em várias organizações e fóruns internacionais. Embora haja progresso, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a verdadeira igualdade de gênero. No Brasil, as mulheres ocupam apenas 29% dos cargos de liderança, colocando o país em 64º lugar no ranking global de representação feminina.
A presença feminina em posições de poder não é apenas uma questão de justiça social, mas também de eficiência e desenvolvimento sustentável. Diversos estudos mostram que organizações e governos com uma maior representação feminina tendem a ser mais inovadores, eficientes e melhores em tomar decisões. As mulheres trazem perspectivas diferentes e valiosas para a liderança, promovendo políticas mais inclusivas e abrangentes.
No entanto, a realidade é que as barreiras ainda são significativas. As mulheres enfrentam desafios estruturais e culturais que dificultam o acesso a cargos de poder. Questões como a desigualdade salarial, a falta de apoio para a conciliação entre a vida profissional e familiar, e os estereótipos de gênero ainda persistem em muitas partes do mundo.
É imperativo que trabalhemos juntos para mudar esse cenário. Isso significa não apenas criar oportunidades para que as mulheres entrem e permaneçam no mercado de trabalho, mas também garantir que tenham as mesmas chances de ascender a posições de liderança. É preciso promover políticas públicas que incentivem a igualdade de gênero, como a implementação de cotas em cargos governamentais e a promoção de campanhas de conscientização sobre os benefícios da diversidade de gênero.
No Brasil, temos visto um aumento gradual na participação feminina na política e em cargos de comando, mas precisamos acelerar esse progresso. A presença de mulheres em posições de liderança deve ser uma prioridade para todos os setores da sociedade. Governos, empresas e organizações precisam adotar medidas proativas para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens.
A mudança começa com a educação. Precisamos ensinar nossas crianças sobre a importância da igualdade de gênero desde cedo, desafiando estereótipos e promovendo um ambiente onde todos, independentemente de gênero, possam sonhar e alcançar seus objetivos. Só assim poderemos criar um futuro mais justo e equitativo para todos.
A igualdade de gênero em postos de comando não é apenas uma questão de equidade, mas uma necessidade urgente para o progresso social e econômico global. É hora de agir e garantir que as mulheres tenham as oportunidades e o apoio necessários para liderar o mundo de amanhã.
Ricardo Patah
Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
UGT - União Geral dos Trabalhadores