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TEMA: potencializando ações sindicais para o desenvolvimento sustentável nas Américas

A União Geral dos Trabalhadores - UGT participou do curso “Potenciando las Acciones Sindicales para el Desarrollo Sostenible para las Américas”, etapa 2, de 15 a 19 de julho de 2024, realizado em São Paulo, Brasil. O Escritório de Atividades dos Trabalhadores da OIT (ACTRAV) e o Centro Internacional de Formação (CIF) da OIT promoveram a oficina. Participaram representantes sindicais do Brasil (UGT e CUT), da Argentina, Belize, Granada, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela.

Foto: participantes do curso representando 9 países da América Latina e Caribe.

Na abertura, o Prof. Erledes E. da Silveira, coordenador de Formação da UGT, que na ocasião representou o presidente da UGT, Ricardo Patah, e o secretário de Organização e Formação Político-Sindical, Chiquinho Pereira, ressaltou que o trabalho desenvolvido na UGT prioriza a formação, mesmo na fase difícil da pandemia e no pós-pandemia. “Não deixamos de dar prioridade ao trabalho de formação, para os/as dirigentes sindicais e para os/as trabalhadores/as. Nos prepararmos para os desafios do mundo do trabalho, que passou por várias revoluções e hoje passa pela revolução tecnológica com muita rapidez, se faz necessário incluir nos cursos de formação pautas como o desenvolvimento sustentável, os ODS, a importância do meio ambiente, das questões socioambientais e de suas políticas públicas”.

Foto: mesa de abertura, representantes da OIT Chile e Turim, do Pampa 2030 da Argentina, do Brasil UGT e CUT.

Juan Guilarte, especialista sênior da OIT (ACTRAV), afirmou: “Durante a atividade, os participantes também desenvolvem a capacidade de integrar os ODS com os planos de ação das suas organizações, têm ferramentas para influenciar os processos nacionais e internacionais relacionados com os ODS para defender os direitos dos trabalhadores e contribuir para a participação nos seus sindicatos, federações e confederações da Agenda 2030”. Ele também destacou: “Se dá ênfase durante a atividade de formação de formadores, o que se espera é que os materiais e conhecimentos sobre os ODS, seus objetivos e indicadores sejam compartilhados como parte do compromisso para incidir nas negociações de maneira tripartite”.

Foto - Representando a OIT: Juan Guilarte, especialista sênior do Escritório de Atividades dos Trabalhadores (ACTRAV); Evelin Toth Mucucciaro, Oficial Sênior de Programa do Centro Internacional de Formação (CIF) e Vitor Prato Dias, Tutor e Facilitador da atividade de formação:

Segundo Vitor Prato Dias, Tutor e Facilitador da atividade de formação da OIT: “Atividades de formação, como a realizada nesta última semana em Praia Grande, ampliam a compreensão dos desafios globais e das interconexões entre temas multidisciplinares, como trabalho, meio ambiente e direitos humanos. E permitem que os sindicatos abordem tais assuntos de maneira integrada e estratégica, com conhecimentos necessários para implementar políticas que promovam os ODS. Cito como exemplos campanhas para promover a igualdade de gênero (ODS 5), assegurar a saúde ocupacional (ODS 3), apoiar a transição para uma economia verde e sustentável (ODS 13) e fortalecer as instituições democráticas (ODS 16). Ações que não só melhoram as condições de trabalho, mas também contribuem para um desenvolvimento econômico e social sustentável. Ao se envolverem ativamente com os ODS, sindicatos fortalecem a defesa dos direitos dos trabalhadores, mantendo seu protagonismo na promoção da justiça social, núcleo da luta sindical. Investir na formação sindical com foco nos ODS é um passo estratégico essencial e urgente para que sindicatos permaneçam relevantes e eficazes em seus objetivos.”

Representando a UGT neste evento, a coordenadora do Comitê Jornada 2030, Cristina Palmieri, afirmou que um dos principais objetivos da formação, além de preparar os dirigentes sindicais e formar multiplicadores e facilitadores, é a disseminação eficiente do conhecimento, de forma contínua e rápida, contemplando pautas da atualidade. Ter a OIT, instituição mundial criada para promover justiça e equidade social, com políticas trabalhistas dignas para homens e mulheres, que organiza e legisla sobre assuntos trabalhistas, que possam valer em todos os países membros das Nações Unidas, organizar oficinas desta natureza, contribui para a luta pela diminuição de qualquer tipo de exploração no mercado de trabalho, consequentemente para uma sociedade mais justa. Abordar a Agenda 2030, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, é abordar questões estruturantes para o desenvolvimento, e também colocar o trabalho no centro do processo de desenvolvimento como elemento estratégico. Na oportunidade, foi conversado com Juan Guilarte, da OIT (ACTRAV), sobre a possibilidade de uma Oficina sobre temas vinculados aos ODS, por meio de oficina pedagógica, com aprendizagem aberta e dinâmica, que possibilita a troca de experiências e a construção de conhecimentos, tendo como centro o trabalho decente e como ponto de convergência os objetivos estratégicos da OIT.