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Nos dias 25, 26 e 27 de junho, Montevidéu foi sede uma importante reunião do Comitê de Mulheres da UNI Américas, onde questões cruciais para o avanço dos direitos das mulheres foram debatidas. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) teve a honra de participar dessa reunião com uma delegação robusta e comprometida, representada por Moacyr Pereira, secretário de Finanças da Central e presidente da Conascon, Rosilania Correia Lima (Lana), diretora do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Gilberto Rodrigues Dourado e Cristiane do Nascimento, presidente e diretora do Sintetel, Maria Edna, secretária da Mulher da FENATTEL e Marcia Adão, secretária Geral do Siemaco-SP.

A reunião contou com líderes sindicais de diversas partes das Américas, com o objetivo de discutir e propor soluções para os desafios enfrentados pelas mulheres no mundo do trabalho. Entre os principais temas abordados durante o evento, destacaram-se:

1. Tecnologia e os Impactos nas Vidas das Mulheres com Triplas Jornadas: A crescente digitalização e o uso intensivo de tecnologias têm mudado significativamente o cenário laboral. Foi debatido como esses avanços impactam especialmente as mulheres, que muitas vezes enfrentam a responsabilidade de triplas jornadas — no trabalho, em casa e no cuidado com familiares. A necessidade de políticas que reconheçam e apoiem essas múltiplas responsabilidades foi um ponto de destaque.

2. O Advento da Inteligência Artificial e a Necessidade de Regulamentação: A Inteligência Artificial (IA) está transformando diversos setores da economia, mas sua implementação sem regulamentação adequada pode exacerbar desigualdades. A reunião enfatizou a urgência de estabelecer diretrizes que assegurem que a IA seja utilizada de forma ética, garantindo que não haja discriminação de gênero e que as oportunidades sejam justas para todos.

3. Democracia e a Participação de Mulheres e Jovens na Política Partidária: A sub-representação de mulheres e jovens na política foi outro tema crucial. Foi ressaltada a importância de incentivar a participação ativa desses grupos na política partidária para garantir que suas vozes sejam ouvidas e suas necessidades, atendidas.

4. Política de Cuidados: A reunião destacou a necessidade de políticas públicas que reconheçam e valorizem o trabalho de cuidado, que é majoritariamente realizado por mulheres. A criação de redes de apoio e a implementação de políticas que compartilhem essa responsabilidade de maneira mais equitativa foram apontadas como fundamentais para o avanço da igualdade de gênero.

5. Salário Igual para homens e mulheres que exercem as mesmas funções: A igualdade salarial continua sendo uma luta constante. A reunião reforçou a necessidade de implementação de políticas que garantam que homens e mulheres que desempenham as mesmas funções recebam a mesma remuneração, combatendo a disparidade salarial de gênero que ainda persiste.

6. Negociação Salarial e Sindicalização: A importância da sindicalização e da negociação coletiva como ferramentas essenciais para a obtenção de melhores condições de trabalho e salários justos foi amplamente discutida. A participação ativa das mulheres nesses processos é crucial para garantir que suas demandas sejam representadas e atendidas.

7. Saúde Mental e Assédio Moral: O impacto do assédio moral e a importância de políticas que promovam a saúde mental no ambiente de trabalho foram tópicos de destaque. A necessidade de criar ambientes de trabalho que respeitem a dignidade e o bem-estar dos trabalhadores, especialmente das mulheres, foi enfatizada.

A presença da delegação da UGT em Montevidéu reforça o compromisso da central sindical com a promoção de um ambiente de trabalho mais justo e equitativo para todos. 

Rosilania Correia Lima fez uma importante contribuição ao debate, abordando o tema do e-commerce e seus impactos na vida das mulheres. Lana ressaltou que as mulheres são mais vulneráveis a ataques nas redes sociais em comparação aos homens, destacando a necessidade urgente de regulamentar as atividades exercidas no mundo virtual, especialmente aquelas que envolvem o uso de Inteligência Artificial. Em suas palavras:

“As mulheres estão mais expostas a ataques nas redes sociais e isso precisa ser enfrentado com seriedade. A regulamentação das atividades no mundo virtual é essencial para proteger as mulheres e garantir que a IA seja utilizada de maneira ética e justa.”

Lana complementou:

"Estar aqui, discutindo temas tão relevantes, é uma oportunidade única para fortalecer nossas estratégias e buscar soluções que realmente façam a diferença na vida das mulheres trabalhadoras. Precisamos de mais ações concretas e menos discursos vazios."

A UGT reafirma seu compromisso em continuar lutando por um ambiente de trabalho mais inclusivo, equitativo e que respeite os direitos de todas as trabalhadoras e trabalhadores. A participação ativa em eventos como a reunião do Comitê de Mulheres da UNI Américas é um passo fundamental para alcançar esses objetivos e promover um futuro mais justo e igualitário.