03/04/2024
Uma inciativa da UGT - União Geral dos Trabalhadores, a exposição celebra as conquistas alcançadas pelos
trabalhadores e trabalhadoras e reafirma a necessidade da luta constante
A Exposição da Paulista, uma iniciativa da
UGT –-União Geral
dos Trabalhadores, chega à sua 10ª edição em 2024, trazendo o tema “Trabalho e Luta”,
em alusão às conquistas do trabalhador ao longo de gigantesca caminhada. Os artistas
convidados para traduzir o tema são o pernambucano radicado em São Paulo Derlon, e o paulistano Marcelo Cipis, sob a coordenação do curador
geral de toda a série, o jornalista Fernando Costa Netto.
Ocupando a ciclovia
da principal artéria da capital do estado de São Paulo, a Avenida Paulista, entre
a Rua Augusta e a Alameda Campinas, de 28 de abril a 26 de maio, a Exposição
da Paulista – Trabalho e Luta exibe, 24 horas e 7 dias da semana, 15
painéis de cada artista, que serão vistos pelos milhões de pessoas de todas as
regiões da cidade, e de fora dela, que passam por esse corredor onde se destaca
a diversidade cultural de São Paulo.
A história dos
direitos trabalhistas é marcada por luta e resistência desde a Revolução
Industrial, no século XVIII. Luta que, no Brasil do século XXI, é encabeçada
pela UGT, organização sindical formada a partir da unificação de centrais
sindicais.
“A Exposição, inaugurada no Dia do Trabalho,
celebra as conquistas alcançadas, mas também reafirma a necessidade da luta
constante, coletiva, por melhores condições de trabalho, a valorização dos
trabalhadores e seus direitos, para a construção de um país mais justo e
desenvolvido”, diz Ricardo Patah, presidente da
UGT.
Os painéis retratam
15 tópicos dessa luta histórica, pontuados pelos professores da UNICAMP Claudio Batalha e José Dari Krein, com coordenação
do professor Erledes Elias da Silveira: Organização dos Trabalhadores,
Migrações, Jornada de Trabalho, Trabalho Feminino, Não ao Trabalho Infantil,
Racismo, Tecnologia a Serviço da Vida, Fim do Trabalho Escravo, Luta pela
Terra, Luta pelo Planeta, Direitos Sociais e Trabalhistas, Juventude, Discriminação
por Orientação Sexual, Pessoas com Deficiência e Saúde.
“A
importância de nossa exposição para a classe trabalhadora e para a cidade de
São Paulo, durante o mês de maio na Avenida Paulista, está em assegurar o
encontro e o convívio com a arte entre pessoas que lutam no dia a dia por uma
vida digna. É um enriquecimento cultural para toda a sociedade. Vamos celebrar
o histórico de lutas e conquistas do 1º de Maio, Dia Internacional do
Trabalhador e da Trabalhadora”, completa Chiquinho dos Padeiros, Secretário
Nacional de Organização, Formação e Políticas Sindicais da UGT, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e da
Federação Brasileira dos Trabalhadores(as) nas Indústrias de Panificação,
Confeitarias e Padarias (Febrapan).
O trabalho de Derlon
resgata a fotopintura, a estética dos cordéis, com traços e personagens que
lembram e valorizam a figura do brasileiro e as tradições brasileiras. Suas
obras são propositadamente simples e expressivas. A opção estética do artista é
reduzir traços e acentuar o poder comunicativo de suas obras.
“Os trabalhos que
levo para a Exposição da Paulista fazem parte de uma série que venho fazendo
nos últimos 2 anos. É um resgate do tempo em que eu colava lambe-lambes nas
ruas, há 15 anos, desenhos em matérias de jornal, unindo o visual com o
comunicativo, que conversa e traz reflexões sobre o tema”,
explica Derlon.
Marcelo Cipis,
arquiteto que transita por diversas linguagens artísticas como a pintura,
desenho, colagem, esculturas e instalações, atua ainda como ilustrador e também
como escritor. Em 2000 foi laureado com o importante prêmio internacional da Fundação
Pollock Krasner, de NY, que levou o trabalho do artista para diversas instituições
e galerias de todo o mundo.
“Esses trabalhos
interpretam questões essenciais que precisam ser adotadas em alguns casos, como
a qualidade da saúde no trabalho ou do planeta, e superadas em outros, como a
questão do racismo ou da LGBTQ+ fobia. Acredito no poder da arte como
instrumento para transformar a sociedade. As imagens falam por si, são
passíveis de serem interpretadas livremente, mas resolvi colocar títulos, para
situar mais didaticamente as mensagens. Nestes trabalhos também ponho
em prática uma das minhas paixões, que é o cartaz na rua, algo que pode trazer
beleza e alegria à cidade”, conta Cipis sobre as obras que traz para
a exposição da Paulista.
Coordenada
pela Secretaria de Organização e Políticas Sindicais da UGT e pela Maná Produções, Comunicações e Eventos, a Exposição
da Paulista é uma das maiores exposições ao ar livre do mundo. Suas
edições anteriores trouxeram temas tão urgentes como o atual: 30 Anos de
Redemocratização do Brasil (2015); 100 Anos do Samba (2016); 17
Objetivos para Transformar o Mundo (2017); A Quarta Revolução Industrial (2018); DIREITO
DO AVESSO | AVESSO DO DIREITO (2019); Liberdade e Democracia (2020);
Feminino Plural (2021); Os 200 Anos da Independência e Nós,
Trabalhadores (2022); Democracia, Paz e
Trabalho (2023). Já consolidada, caminha para se tornar um evento oficial
da cidade de São Paulo.
“10 anos de arte para milhões! Aliás, para mais de 50 milhões de visitantes. A maior exposição ao ar livre da América Latina. A expressão dos trabalhadores na cultura franca e arrojada de alguns dos maiores nomes da arte brasileira. Viva a Expo da Paulista e suas 10 edições!”, finaliza André Guimarães, da Maná Produções, idealizador do projeto.
A Exposição
da Paulista – Trabalho e Luta é realizada com o apoio da Prefeitura
Municipal de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e da Câmara de
Vereadores de São Paulo, através da vereadora Sandra Santana, apoio da
CPPU - Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, CET, Ilume e Subprefeitura da Sé
e patrocínio de Ticket Serviços, Carrefour e Grupo Pão de Açúcar.
Exposição da Paulista – Trabalho e Luta
De 28 de abril a 26 de maio de 2024
Ciclovia da Av. Paulista, da Rua Augusta à Al.
Campinas
Realização: UGT - União Geral dos Trabalhadores
Coordenação Geral: André Guimarães - Maná Produções
Curador: Fernando Costa Netto
Coordenação de Produção: Tiago Sena - Maná
Produções
Identidade Visual: Eduardo Gayotto
Montagem e Infraestrutura: All Light
Artistas: Derlon e Marcelo Cipis
Abertura: 28 de abril, domingo, às 11h
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