14/05/2014
Sem uma retomada firme da produção e com empresários pouco otimistas, o emprego na indústria patina neste ano e registra perda de 2% de janeiro a março na comparação com o mesmo período de 2013.
De fevereiro para março, o número de pessoas ocupadas no setor cresceu 0,2%. Já em relação a março de 2013, houve queda de 1,9%. Com esse resultado, o índice acumulado em 12 meses ficou negativo em 1,4%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (13).
Apesar da recuperação moderada da produção da indústria no primeiro trimestre, o emprego não reagiu diante da reduzida confiança de empresários, que não esperam uma retomada mais forte. Tal situação decorre de um cenário de juros maiores, crédito escasso, inadimplência em nível elevado e inflação alta –fatores que inibem o consumo.
RENDIMENTO
Mesmo sem o avanço do emprego, a renda dos trabalhadores da indústria segue em alta –embora num ritmo menor– diante da falta de mão de obra em alguns setores e funções e da concorrência de outros ramos que mostram melhor desempenho e abrem vagas, como o comércio e os serviços. Diante disso, a folha de pagamento da indústria cresceu 2,1% no primeiro semestre.
De fevereiro para março, porém, a queda foi de 2,1%. Já na comparação com março de 2013, houve expansão de 0,5%. Em 12 meses, a renda da indústria acumula crescimento de 1,4%.
Fonte: Folha de S.Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores