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É com imensa preocupação que a Confederação dos Sindicatos do Comércio do Mercosul (UNICOM) assistiu, na tarde deste domingo (08/01), os ataques de vândalos terroristas aos prédios públicos que representam a democracia brasileira.

Os atos, que vinham sendo orquestrados há tempos, demonstram o crescimento de um grupo de extremistas radicais que nunca havia surgido na história do Brasil, uma preocupação que pode ter consequências para outras regiões da américa latina.

Atos como esses precisam ser enfrentados com todo o rigor da legislação dos países onde estão ocorrendo tais manifestações.

A internet, como veículo de comunicação, informação e ferramenta de trabalho mudou a rotina de diversas nações, impondo uma mudança cultural profunda em todas as áreas da sociedade expondo, contudo, que esse advento tecnológico não é apenas um mar de rosas.

Essa mudança tecnológica trouxe muitas coisas boas, algumas nem tanto, mas principalmente no que se refere a comunicação social, horizontalizou os acessos comunicacionais, deu voz a irresponsáveis inconsequentes, criou bolhas sociais e elegeu presidentes.

No caso do Brasil, a Constituição Federal de 1988, apesar de ser anterior a popularização da internet, é clara ao assegurar a liberdade de expressão e proibir qualquer tipo de censura, contudo veta incondicionalmente o anonimato, ou seja, um cidadão ou cidadã pode falar o que quiser e onde quiser, porém a depender do que está sendo dito ele ou ela será responsabilizado (a) por seus atos.

O que ocorreu no dia de ontem, em Brasília, DF, teve início durante as eleições de 2018, foi alimentado por quatro anos com discursos de ódio e a formação de fanáticos.

A internet não é terra de ninguém, é uma ferramenta poderosa que precisa usada com responsabilidade.

Esperamos que as autoridades brasileiras identifiquem e punam quem praticou tais atos, quem incentivou, propagando mentiras e discursos de ódio e quem financiou, minando seu poder financeiro assim como é feito com o crime organizado, para que, inclusive, este sejam responsabilizados e arquem com os estragos causados.

Avelino Garcia, Vice secretário Geral

Leocides Fornazza - Secretário Estratégias do Mercosul