21/02/2014
Castração gratuita de cães e gatos também entra na pauta
Ficou para a próxima terça-feira (25) a votação da urgência da instalação da CPI dos Maus-Tratos aos animais na Câmara Federal. O presidente, deputado Henrique Eduardo Alves anunciou a data no plenário, nesta quarta-feira (19), enquanto ativistas da causa animal de todo o país, acampados em frente ao Congresso, acompanhavam nas galerias atividade dos parlamentares em dia de votação. O acampamento Nacional Pelos Animais, idealizado pelo deputado e vice-presidente nacional da UGT, Roberto Santiago (PSD-SP), mediador político da pauta prioritária da causa nacional, teve ampla cobertura da grande imprensa e repercussão internacional. Observadores políticos consideraram a construção do bloco único protetores de animais uma ação pioneira e histórica em favor da causa. “Esse é um movimento representativo, grande nesse país, que precisava sair do isolamento das diferentes células da proteção animal. Foi uma demonstração de força essa união. Protetores ou pessoas ligadas ao tema são aproximadamente 70 milhões de brasileiros, segundo dados do Ibope, até então diluídas em suas aflições. O Acampamento Animal trouxe esse novo conceito e representa um divisor de águas na forma dos protetores de animais do país agirem para conquistarem suas demandas. O Congresso Nacional sentiu a pegada e a pressão. Agora é continuar sem jamais regredir”, concluiu.
Na terça-feira, um dia antes do anúncio do presidente Henrique Eduardo, Roberto Santiago reuniu-se ontem com ativistas da causa animal nacional no gabinete da presidência da Câmara Federal. Ao lado do deputado Ricardo Izar (PSD-SP) e de analistas da área, defendeu a votação da urgência para instalação da CPI e de mais três projetos que são a prioridade da causa animal do país. A castração gratuita nacional de cães e gatos também foi o principal tema tratado por Roberto Santiago com o presidente. Os projetos apresentados como sugestão para a formação do pacote animal foram resultado de uma peneira técnica e política, apresentados na reunião de líderes dos partidos.
A proposta de castração de cães e gatos é o foco da batalha no Congresso, prestes a ser vencida, e se passar, seguirá para a sanção presidencial. “O projeto tem um impacto orçamentário relativo, que é o objeto dessa articulação política aqui dentro. Tenho insistido com o governo que o gasto é igual ou maior no extermínio em relação às castrações, que invertem a pirâmide de nascimentos em progressão geométrica para aritimética, a médio prazo, quando passam a ser vantajosas, financeiramente. O problema do excedente populacional é do Estado, que precisa dividir com o protetor essa conta. Temos um escândalo sanitário que causam problemas de saúde humana e gastos públicos em um país que pretende ser referência em meio ambiente e palco de uma Copa do Mundo ”, defendeu o parlamentar.
UGT - União Geral dos Trabalhadores