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Sindicato denuncia supermercados por práticas abusivas contra empregados


07/02/2014

O Sindicato dos Empregados em Supermercados de Sergipe e a Federação dos Empregados no Comércio e Serviços no Estado (Fecomse) solicitaram ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fiscalização nas lojas do G. Barbosa (Cencosud Brasil Comercial Ltda), Bompreço Bahia Supermercados Ltda, Todo Dia (Rede Walmart Brasil), Extra (Companhia Brasileira de Distribuição) e Atacadão Distribuição Comércio e Indústria Ltda para averiguar possíveis práticas abusivas contra os empregados.  O sindicato e a federação também denunciaram os supermercados ao Ministério Público Estadual.

 

As denúncias são de que funcionários que exercem a função de Operador de Caixa quando necessitam ir ao banheiro, esperam autorização dos responsáveis pelo setor. Além disso,são obrigados a exercerem  também as funções de zeladores, serventes , empacotadores, repositores , atendentes e vendedores de eletro, caracterizando desvio de função, o que é proibido pela cláusula décima quinta da Convenção Coletiva. As operadoras de caixa também estariam exercendo a função de cozinheira.

 

Já os repositores de mercearias e bazar, e os auxiliares de perecíveis, são obrigados a descarregarem carretas. Os empregados desses supermercados estariam com jornada excessiva de trabalho acima da prevista em lei, desrespeitando a cláusula vigésima e parágrafo primeiro da Convenção Coletivo de Trabalho.

 

De acordo com as denúncias que chegam ao sindicato, os empregados são obrigados a trabalharem de três a quatro domingos consecutivos sem folga, desrespeitando a Lei 11.603 de 05 de dezembro de 2007.

 

ATACADÃO

Na loja do Atacadão, localizada na Avenida Chanceler Osvaldo Aranha, os operadores de caixa para dar início ao seu expediente são obrigados a pagar o valor de R$ 4,00 a cada 20 sacolas plásticas solicitadas no setor responsável. Ao final do expediente o funcionário é ressarcido dos valores, mas a cada sacola perdida o operador é punido com o pagamento da mesma.

 

“Estamos tentando barrar essas explorações por meio de fiscalizações do Ministério do Trabalho e denunciando essas práticas ilegais ao Ministério Público para que sejam tomadas providências”, afirma o presidente da Federação dos Empregados no Comércio, Ronildo Almeida.


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