03/02/2014
O jornal britânico Financial Times alertou, em sua edição online, que os governos e companhias de mercados emergentes enfrentam fortes aumentos nos custos de combustível, o que ameaça elevar déficits comerciais e prejudicar o crescimento econômico.
Segundo a publicação, apesar de o preço do petróleo brent estar bem abaixo do pico atingido em 2008 em termos do dólar, ele já atingiu níveis recordes em termos do rand sul-africano e da lira turca. "Nas moedas de Índia, Indonésia e Brasil - as outras economias que fazem parte dos chamados 'cinco frágeis' - o brent atingiu níveis recordes no fim do ano passado", diz a reportagem do FT.
O jornal afirma que o resultado é um dilema para os governos desses país, que têm a opção de permitir que os custos do combustível cresçam e o consumo fique desencorajado ou de absorver os preços maiores por meio de subsídios, colocando ainda mais pressão sobre orçamentos que já passam por dificuldades.
No Brasil, em meados de janeiro, a Petrobrás voltou a negar um aumento dos preços de combustíveis. O último reajuste de 4% para a gasolina nas refinarias, anunciado no fim de novembro, chegou ao consumidor em dezembro (4,04%) acima do impacto esperado por analistas (2% a 2,6%) no índice de referência IPCA. Segundo o IBGE, o vilão em dezembro foi o etanol anidro - misturado à gasolina na proporção de 25% - devido à entressafra da cana-de-açúcar.
Fonte: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores