30/01/2014
Puxado pelo setor de comércio e serviços, a demanda por energia elétrica cresceu em dezembro do ano passado 4,9%, em relação ao mesmo mês de 2012, registrando a maior alta do ano – 1,4 ponto percentual superior à alta acumulada de 2013 que foi 3,5%.
Dentre as principais classes de consumo de energia elétrica, a do setor comercial e de serviços foi a que apresentou a maior taxa de crescimento em dezembro, com alta de 7,1% sobre o mesmo mês de 2012 - totalizando 7.585 gigawatss-hora (GWh). A alta se dá mesmo sobre a base elevada de dezembro de 2012: 9%.
Os dados constam da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada hoje (29), pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e indicam que o Sudeste destacou-se entre as regiões, com alta de 8,0%. A Região Sul, com alta de 1,5%, foi a única região a registrar taxa de crescimento baixa. Na região, a demanda de climatização ambiental em 2013 foi relativamente menos intensa do que em dezembro de 2012. Nas demais regiões, os destaques foram a Região Nordeste, onde o consumo de energia elétrica cresceu 8,4%; com destaque para a Bahia (10,9%); Centro-Oeste (8,4%), com Mato Grosso (12,2%) na dianteira; e a Região Norte, com alta de 11,9%.
O consumo de energia nas residências brasileiras totalizou 10.675 GWh em dezembro de 2013, acréscimo de 5,3% sobre igual período do ano anterior. Além do bom desempenho da Região Nordeste (10,3%), destacaram-se também as Regiões Norte (14,4%) e Centro-Oeste (10,1%).
O consumo industrial em dezembro atingiu 15.301 GWh apresentando crescimento de 3,1% ante dezembro de 2012, quando a taxa foi negativa em 2,9%. O Sudeste, que concentra 54% do consumo de energia industrial na rede e foi a região que mais contribuiu para o resultado de dezembro. Houve elevação de 3,5% no consumo regional. A base de comparação estava deprimida: houve contração de 6,0 no consumo industrial de energia da região em dezembro de 2012.
Ao explicar à Agência Brasil o bom desempenho da Região Nordeste, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, destacou o “expressivo” crescimento no consumo de energia residencial no Nordeste, como consequência das políticas de transferência de renda adotadas pelo governo federal.
“É a primeira vez, em termos absolutos, que o consumo de energia elétrica cresce mais na Região Nordeste do país. E isto ocorre, sem sombra de dúvidas, em decorrência das políticas de transferência de renda adotadas pelo governo federal, como o Bolsa Família e a política de reajuste do salário mínimo”.
Segundo Tolmasquim, o consumo de energia residencial no Nordeste foi 2.061 GWh em 2013, frente a 2012, contra os 2.352 GWh da Região Sudeste. Em valores absolutos isto significou alta de 11,5% no Nordeste contra 3,8% na Região Sudeste, entre 2012 e 2013 – o que ocorre pela primeira vez desde que os dados são levantados pela EPE.
Fonte: Agência Brasil
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