20/01/2014
A montadora chinesa Chery vai atender ao chamado do governo federal para absorver os funcionários demitidos da GM em São José dos Campos (SP) no final do ano passado.
A empresa promete dar preferência a ex-trabalhadores da concorrente no processo de contratação que se iniciará por volta de março para sua primeira fábrica brasileira, em Jacareí (SP).
O governo começou a arquitetar a manobra em 2012, quando a GM intensificou as negociações para a dispensa dos trabalhadores. O pedido formal à chinesa foi feito pelo ministro Manoel Dias (Trabalho) no início deste ano após a confirmação das demissões, em dezembro.
Um acordo entre o sindicato local e a GM garantia os empregos até o fim de 2013. A empresa continuou a pagar os trabalhadores mesmo após o fechamento da linha de automóveis, em agosto.
Na última semana do ano passado, a montadora anunciou a demissão dos funcionários em licença. Ao todo, cerca de mil funcionários foram dispensados da unidade do interior paulista em 2013.
Ao mesmo tempo, as obras da fábrica da Chery entraram na fase final e a montadora começará a contratar cerca de 800 funcionários para iniciar suas operações.
"Mão de obra no Brasil é sempre uma preocupação. Para nós, é interessante por ser uma mão de obra qualificada. Serão considerados com preferência", afirma o vice-presidente da Chery no Brasil, Luís Curi.
Um atraso no cronograma adiou a entrega do início deste ano para o segundo semestre. O intervalo entre as demissões até a fase de contratação é um dos entraves para garantir absorção da mão de obra.
A fábrica começará a funcionar com uma capacidade para produzir 50 mil veículos por ano. No pico, a unidade terá condições de fabricar 150 mil veículos, volume que exigirá cerca de 3.000 trabalhadores.
Fonte: Uol
UGT - União Geral dos Trabalhadores