20/01/2014
A demanda por água pode exceder em 44% os recursos anuais disponíveis até 2050, enquanto a demanda de energia pode experimentar um aumento de 50% até o mesmo ano. Isso por que a necessidade de água para gerar energia primária está crescendo de acordo com o crescimento econômico, as mudanças demográficas e as mudanças de estilos de vida.
As informações foram destacadas na Conferência da ONU-Água, realizada esta semana em Zaragoza, Espanha. Lá, representantes das agências das Nações Unidas, governos, empresas, organizações não governamentais e especialistas da indústria de todo o mundo discutiram a importância da água e da energia em preparação para o Dia Mundial da Água de 2014, em 22 de março.
Eles observaram que o mundo enfrenta dois grandes desafios: garantir um fornecimento sustentável de água para 768 milhões de pessoas que atualmente não tem acesso ao recurso; e proporcionar o acesso à energia para cerca de 1,4 bilhão de pessoas, o equivalente a 20% da população mundial atual, que é de 7 bilhões. A previsão é que o planeta tenha 9 bilhões de habitantes em 2050.
Os especialistas pediram que os governos repensem as políticas de água que não consideram o quanto de energia é necessária para bombear, purificar, transportar, pressurizar e tornar a água potável.
Para o pesquisador da iniciativa da ONU “Energia Sustentável para Todos” Paul T. Yillia, apesar de a água e a energia serem indissociáveis e interdependentes, sua verdadeira conexão está na busca de soluções para as suas limitações e na otimização do uso de seus recursos por meio da eliminação das ineficiências do sistema atual.
O representante especial do secretário-geral sobre Energia Sustentável para Todos, Kandeh K. Yumkella, observou que a energia e a água são dois lados da mesma moeda. “Reconhecemos que as tecnologias energéticas necessitam de muita água e os investimentos que precisamos fazer para que a água e a energia estejam à disposição de todos, na escala e velocidade da mudança que queremos ver acontecer, só virá a partir de parcerias genuínas.”
Fonte: http://www.onu.org.br/
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