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Funcionários da obra do Batistão iniciam greve


12/09/2013

Funcionários da construtora MRM paralisaram as obras de reforma e ampliação do Estádio Lourival Baptista, o Batistão, por tempo indeterminado. Na manhã de ontem, dia 10, os trabalhadores realizaram um ato de protesto contra as péssimas condições de trabalho, salários abaixo da tabela, alimentação de péssima qualidade e, também, as condições precárias dos alojamentos. Com a greve, o cronograma de entrega do novo estádio, previsto para 14 de outubro de 2014, pode atrasar.

 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Manutenção e Montagem do Estado do Sergipe, Sintepav, entidade filiada à União Geral dos Trabalhadores, Alberico dos Santos Queiroz, além dos 80 trabalhadores da MRM, outros 150 que estavam executando suas atividades na cidade de São Cristóvão também paralisaram os trabalhos pelos mesmos problemas.

 

“Eles estão realizando as obras de construção de uma Estação de Tratamento de Água da Deso. Para esta obra no Batistão, temos 80 trabalhadores fichados, mas com o pico da obra o número pode chegar a 200 funcionários”, relatou Alberico, acrescentando que a empresa alegou que quando foi orçado o valor da obra, ficou apenas definido o salário de uma convenção inferior ao almejado pela categoria, e que agora não podem adotar a convenção coletiva de trabalho da construção pesada porque dessa forma a empresa teria prejuízo.

 

Queiroz afirmou ainda que, acima de tudo, quer evitar acidentes graves no estado, pois esses trabalhadores não tem Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). “Não temos registros de acidentes graves na construção civil pesada, mas p0ode acontecer a qualquer momento. E isso é um prejuízo irreparável para a sociedade e, principalmente, para a família do trabalhador”. Colocou o representante de classe.

 

Os próximos passos, segundo o sindicalista, é conscientizar os trabalhadores sobre o assédio moral que têm sofrido. “O engenheiro está fazendo eles passarem por constrangimentos como ameaças de desemprego dos trabalhadores que estão reivindicando seus direitos”.

 

Fonte: Jornal da Cidade


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