09/09/2022
Brasileiros também substituem fontes de proteína, e carne
bovina perde espaço para frango e ovo
A inflação pode até ter dado uma trégua, graças à queda nos
preços dos combustíveis e da energia elétrica. Mas a forte alta dos alimentos
nos últimos 12 meses tem levado os brasileiros a trocarem as marcas que compram
nos supermercados e a substituírem a carne por proteínas mais baratas.
Pesquisa feita pela Associação Brasileira de Supermercados
(Abras) mostra que, em julho e agosto, 67% dos consumidores substituíram as
marcas de produtos que consumiam habitualmente.
Não por acaso, o leite foi o item com maior substituição:
71% dos entrevistados citaram o produto. Em seguida, aparece óleo de soja
(56%), arroz (43%), feijão (42%) e açúcar (33%).
Além de buscarem marcas mais baratas, o consumidor também
substituiu seu cardápio de proteínas. A carne bovina, mais cara, perdeu espaço
para o frango e o ovo.
A pesquisa mostra que 36% trocaram, no consumo de proteína
in natura, a carne bovina pelo frango. E 22% substituíram pelo ovo. Houve troca
também por suínos (19%) e por peixe (10%).
Os dados levantados pela Abras refletem uma mudança no
consumo per capita de proteínas pelo brasileiro. Este ano, a previsão é de 24,8
quilos de carne bovina consumidas por habitante no Brasil, segundo levantamento
da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) - o menor patamar em três
décadas.
Em compensação, segundo a Associação Brasileira de Proteína
Animal (ABPA), o consumo per capita de ovos atingiu 255 unidades em 2021, maior
nível desde 2010. E o consumo per capita de frango chegou a 46 quilos por
habitante, contra 45,27 quilos em 2020.
Fonte e Foto: O Globo
UGT - União Geral dos Trabalhadores