08/08/2013
08/08/2013
O grupo de trabalho que vai elaborar proposta sobre a reforma política realizou nesta quinta-feira (8) audiência pública para ouvir a opinião das centrais sindicais e dos movimentos sociais sobre o tema. O ex-líder do PSD, deputado Guilherme Campos (SP) destacou a importância da colaboração dessas entidades para a elaboração da proposta, principalmente, no processo de eleitoral.
Essa participação é fundamental, para vermos qual o modelo de eleição que está sendo aplicado nos sindicatos, federações e confederações. Tenho certeza que eles podem servir como um balizador da proposta que está sendo construída neste grupo de trabalho. Quero ressalta que o colegiado está aberto e quer receber opiniões".
Valdir Vicente de Barros, secretário de políticas públicas da União Geral dos Trabalhadores - UGT, defendeu o fim do foro privilegiado, a importância do pluralismo político e das cotas para minorias.
"Somos totalmente favoráveis as cotas para minorias, como negros, mulheres e comunidade LGBT. Acreditamos que a eleição por proporcionalidade é a mais justa para fortalecer tanto o candidato quanto os partidos. Por questões éticas defendemos que caso o parlamentar seja nomeado para outra atividade, renuncie ao cargo atual e que sua coligação seja a responsável por indicar o suplente", disse.
A reunião foi transmitida pela internet e a população pode participar enviando perguntas e sugestões através do site do grupo. Dentre as principais ideias populares na enquete estão: o fim de regalias para parlamentares, ministros e demais autoridades
o fim do voto obrigatório
voto aberto para todas as matérias discutidas nos plenários da Câmara e do Senado.
Sobre estas e outras sugestões, Guilherme Campos considerou que a grande maioria demonstra insatisfação do Estado como um todo e que não há uma reclamação específica para os poderes Legislativo, Executivo, Judiciário e com o Ministério Público.
"As questões levadas às ruas durante os manifestos nos mostraram que a população quer uma resposta mais rápida e eficiente por tudo aquilo que ela paga através dos impostos. A nossa sociedade, hoje, está na velocidade 4G o estado ainda tá no tempo do telégrafo, a diferença é muito grande. Os poderes precisam dar respostas no tempo que a sociedade atual necessita e precisa", pontuou.
Mais de 400 propostas foram enviadas até hoje pelos internautas e mais de 1500 mensagens foram deixadas no fórum de debate. Para acompanhar e participar online é só acessar o site: www.edemocracia.camara.gov.br/web/reforma-politica/inicio
Crédito Foto: Claudio Araújo"
UGT - União Geral dos Trabalhadores