10/08/2022
Atendendo a convocação do Sindmotoristas, cipeiros de todas
as garagens do sistema prestigiaram o encontro do segmento, realizado na manhã
desta terça-feira (09), no auditório da entidade.
O evento foi 100% presencial, após dois anos suspenso devido
à crise sanitária decorrente da COVID 19.
Na programação, foi
feita uma abordagem sobre o papel da CIPA, as condições de trabalho nas
garagens, os problemas mais freqüentes e as soluções, o cumprimento das normas
regulamentadoras (NRs) e outras questões
relacionadas e de relevância para a
categoria.
Mas, o tema central da reunião foi discutir a fiscalização nas
empresas quanto ao cumprimento da sentença normativa disposta no julgamento do
dissídio de greve do Tribunal Regional do Trabalho – 2ª Região (TRT). Ao todo
são 25 cláusulas relacionadas à segurança e saúde do trabalhador em transporte.
Na abertura, o secretário de saúde, Valdemir de Jesus Santos
(Mi) convidou os participantes para prestarem um minuto de silêncio em
homenagem as 680 mil vidas perdidas para o coronavírus (até o momento), entre
elas, centenas de companheiros e companheiras da categoria.
Mi lamentou a indiferença e a falta de sensibilidade do
setor patronal para os trabalhadores em transportes que morreram na pandemia e
virou as costas para aqueles que continuam doentes, sofrendo com as seqüelas da
doença.
O presidente em exercício, Valmir Santana da Paz (Sorriso)
parabenizou todos os cipeiros. Lembrou da responsabilidade que o cargo exige,
pois já atuou na CIPA da antiga Viação Bola Branca. O dirigente também criticou
as empresas de ônibus que relutam em participar do processo de discussões a
respeito da forma e condições da Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
deste ano.
Na mesma linha de pensamento, o presidente licenciado do
Sindmotoristas, Valdevan Noventa foi duro nas críticas. “É uma covardia o que
os patrões estão fazendo: perseguir os membros da comissão da PLR nas garagens.
Se eles não abonarem as faltas e pagarem os salários destes companheiros que
estão legalmente afastados, terão que arcar com as conseqüências dos seu atos.
Estamos prontos para fazer novas paralisações”.
Na sua vez, o secretário da manutenção, Naílton Francisco de
Souza (Porreta) fez uma exposição das lutas e conquistas da entidade. Destacou
o marco histórico da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 1996, que deu mais
ferramentas, além das normas regulamentadoras (NRs), para os cipeiros
batalharem por um ambiente de trabalho mais saudável e seguro.
Ao final, todos assumiram compromisso de intensificar a
fiscalização e garantir nas empresas de ônibus do sistema que sejam respeitadas
as cláusulas da CCT pertinentes à saúde e segurança dos trabalhadores da
categoria.
Fonte e Foto: Sindmotoristas
UGT - União Geral dos Trabalhadores