18/07/2022
Inflação não para de subir. E a culpa não é da guerra na
Ucrânia. Levantamento pelo Procon-SP, com o Dieese, mostra: cesta paulistana
está R$ 39,44 acima do salário mínimo de R$ 1.212,00.
Em junho, morador da Capital pagou mais 2,07% na cesta com
39 produtos de alimentação, limpeza e higiene pessoal. Valor chegou a R$
1.251,44 – aumento de R$ 25,32 em relação a maio. Levantamento foi divulgado
quarta, dia 13.
Todos os grupos tiveram alta: higiene, 5,30%; limpeza,
2,28%; alimentação, 1,78%. Dos 39 produtos pesquisados, 28 apresentaram alta.
Os que mais subiram foram a margarina, 10,95%; farinha de mandioca torrada
10,11%; leite, 9,90%; sabonete 7,83%; e presunto, 7,82%.
Quedas – Batata, menos 11,79%; cebola, 8,17%; ovos, 3%;
amaciante, 2,05%; e açúcar, 2,01%.
Anual – Aumento de 18,05% – acima dos 11,89% do IPCA. O
valor da cesta básica era de R$ 1.060,10 e passou para R$ 1.251,44 – diferença
pra cima de R$ 191,34. Maiores altas no ano: café em pó, 88,01%; batata,
82,68%; e cebola, 66,13%.
Comparar – Especialistas alertam que, pra tentar driblar os
altos preços, o consumidor deve comparar os valores dos produtos e optar pelos
que tenham a mesma essencialidade, a mesma qualidade e preços menores.
Com a onda de alta, fica difícil manter essa postura. “O
preço de todos os bens subiu. Para as classes mais pobres, o impacto é muito
maior. Está cada vez mais difícil substituir produtos essenciais de
alimentação”, afirma o presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São
Paulo, Waldir Pereira Gomes. A solução, explica, seria o governo federal mudar
sua orientação. “É preciso uma política monetária eficiente. O governo é o
responsável pela inflação”, critica.
Fonte e Foto: Agência Sindical
UGT - União Geral dos Trabalhadores