14/07/2022
Índice de atividade calculado pelo BC passou de 142,13
pontos para 141,97 pontos, menor patamar desde fevereiro, quando foi de 141,62
pontos
A economia brasileira marcou o segundo mês consecutivo de
contração em maio, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central
(IBC-Br), conhecido como uma espécie de "prévia do Banco Central"
para o Produto Interno Bruto (PIB). O indicador caiu 0,11%, considerando a
série livre de efeitos sazonais. Em abril, a queda havia sido de 0,64% - dado
revisado nesta quinta-feira, 14.
Com a divulgação desta quinta, o BC volta ao cronograma
original do IBC-Br, após atrasar as divulgações dos dois meses anteriores
devido à greve dos servidores do órgão, encerrada na semana passada.
A queda observada no IBC-Br de maio ante abril, com ajuste,
ocorreu apesar dos dados setoriais positivos divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês, o destaque foi o volume
de serviços prestados (-0,1% em abril para 0,9% em maio), mas a produção
industrial também acelerou (0,2% para 0,3%), enquanto o varejo ampliado perdeu
fôlego, de 0,5% para 0,2%.
De abril para maio, o índice de atividade calculado pelo BC passou
de 142,13 pontos para 141,97 pontos na série dessazonalizada. Este é o menor
patamar desde fevereiro (141,62 pontos).
O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas do
mercado financeiro, positiva em 0,10%, na pesquisa Estadão/Broadcast, mas dentro
do intervalo das previsões, que iam de queda de 1,1% a alta de 0,9%.
Na comparação entre os meses de maio de 2022 e de 2021,
houve crescimento de 3,74% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou
142,90 pontos no quinto mês do ano, o melhor desempenho para o período desde
2014 (147,14 pontos).
O indicador de maio de 2022 ante o mesmo mês de 2021 também
ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro
consultados pelo Estadão/Broadcast, que esperavam de avanço de 2,1% a 4,7%, mas
aquém da mediana positiva de 4%.
O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da
economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade
doméstica em 2022 é de crescimento de 1,7%, conforme o Relatório Trimestral de
Inflação (RTI) de junho.
Fonte e Foto: Estadão
UGT - União Geral dos Trabalhadores