11/07/2022
Inflação nos alimentos estrangula os orçamentos das famílias
e agrava a fome. Segundo o Datafolha, de cada quatro brasileiros, um não dispõe
de alimentos o suficiente.
Cesta – O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou
em nove das 17 Capitais onde o Dieese faz a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.
Entre maio e junho, maior alta ocorreu em Fortaleza (4,54%). São Paulo é a mais
cara: R$ 777,01. Menor valor médio, João Pessoa: R$ 586,73.
Comparação entre junho deste ano e de 2021 mostra que todas
as Capitais tiveram alta – de até 26,54%.
Mínimo – Com base na regra segundo a qual o salário mínimo
deve suprir as despesas de um trabalhador e da família com alimentação,
moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência,
o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo. Em junho, o necessário
pra manter família de quatro pessoas equivaleria a R$ 6.527,67, ou 5,39 vezes o
mínimo de R$ 1.212,00.
Leite – Um dos vilões do custo de vida tem sido o leite. Seu
preço subiu, na média, 20,97%.
Lanche – Quem come fora está trocando PF por lanche. Numa
cesta com 120 itens, foram cortados em média cinco ingredientes. O custo, só
neste ano, subiu 13,1%.
Economista – “A pessoa tem que analisar o que consome e
consumir só o necessário. Estamos há dois anos em tempo de guerra e inação do
governo, que poderia diminuir o impacto no bolso. Sem iniciativa governamental,
quem tem que cuidar do bolso é o próprio trabalhador”, afirma Pedro Afonso
Gomes, presidente do Conselho Regional de Economia em SP.
Pedro orienta: “A primeira regra é se manter dentro do seu
orçamento, pra não ficar a dívida para o mês seguinte. A segunda é, dentro do
que precisa comprar, buscar preços alternativos e às vezes até em mais de um
supermercado”.
Fonte e Foto: Agência Sindical
UGT - União Geral dos Trabalhadores