29/06/2022
Mesmo sobre protestos, os vereadores aprovaram em primeiro
turno, o projeto de iniciativa do executivo que visa implementar a avaliação
funcional para o funcionalismo de Curitiba.
Os representantes dos sindicatos questionaram os vereadores
sobre a falta de diálogo e de transparência na elaboração do projeto, e
consideram o ato como um “cheque em branco” para que a administração assédio os
servidores. “Não somos contra que os servidores sejam avaliados, mas sem
clareza e objetividade, passando a regulamentar os critérios por decretos e
portarias, os servidores estarão sujeitos à arbitrariedade”, comenta a
Presidente do SIGMUC, Rejane Soldani.
Os guardas municipais presentes na casa de leis tiveram a
oportunidade de ver “in loco” como a administração costuma tratorar as votações
no que se refere a direitos dos servidores. “Os vereadores passam a maior parte
da sessão fora do plenário, vem faz uma fala desconectada e vota de forma
combinada, isso é diálogo?” Questionam.
Durante as exposições, Rejane apontou suas preocupações
quanto a avaliação dos servidores da Gaurda Municipal. “Como se mede os
resultados esperados na área de segurança pública? Nenhuma outra instituição da
segurança pública é avaliada da forma que a prefeitura impõe aos guardas. Vai
ser por número de prisões ou de multas? Pior, podendo ser avaliado por servidor
estranho à carreira. Por isso não podemos aceitar o projeto”.
Durante as falas, houve um momento de tensão entre os
servidores e o vereador Pier, líder do governo Rafael Greca. O vereador que
defendia o projeto sem discussão passou a provocar os servidores com a fala:
“Aqui é lugar de quem ganhou a eleição” e comentou que os “servidores bons não
se colocariam contra o projeto”, deixando a entender que quem discordasse não
seria um bom servidor.
O líder do governo também afirmou que a avaliação funcional
será a base dos crescimentos e avançado dos planos de carreiras dos servidores.
Vereador Professor Euler reforçou a necessidade de diálogo.
“Eles já disseram que não são contra a avaliação, apenas querem clareza nos
critérios.” Pontuou.
Por 26 votos favoráveis a 7 contrários, o projeto foi
aprovado em primeiro turno e seguirá para nova votação amanhã (29). “Continua
tudo igual, a Câmara Municipal aprova tudo o que vem do Executivo, quando
deveriam na verdade, ser uma casa independente e revisora dos atos da
administração.” Finalizam
O SIGMUC alerta para a mobilização necessária para dar
acompanhamento dos decretos que serão apresentados para reger a avaliação
funcional.
SIGMUC – JUNTOS SOMOS FORTES!
Fonte e Foto: SIGMUC - Sindicato dos Servidores da Guarda
Municipal de Curitiba
UGT - União Geral dos Trabalhadores