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O Sinsaúde está presente na 5ª Conferência Temática da UNI Américas que é realizada em Fortaleza de 27 a 30 de junho, e reúne 600 dirigentes sindicais de 24 países e 124 organizações sindicais. Com o tema "Vamos defender nossos direitos e construir nosso futuro", o encontro tem como objetivo debater, construir e impulsionar uma agenda na transição política que vive a América Latina, visando fortalecer a democracia.

“O Sinsaúde Campinas e a Federação dos Trabalhadores da Saúde em São Paulo têm o privilégio de participar da Conferência, onde líderes de vários países debatem a democracia na América Latina e o poder dos trabalhadores em seu fortalecimento”, diz Sofia Rodrigues do Nascimento, presidente do Sinsaúde. Também participam do evento a vice-presidente do Sindicato, Juliana Machado, e o presidente da subsede de Limeira, Leandro Barreto.

Sofia e Juliana fizeram suas palestras logo no primeiro dia do evento. Sofia fez uma explanação sobre a história do sindicalismo e a participação de 84 anos do Sinsaúde no movimento sindical brasileiro. “Na maior parte da sua existência, os trabalhadores da saúde foram proibidos de fazer greve por serem considerados integrantes de uma categoria essencial. Rompemos com esse tabu na raça. Convocamos os trabalhadores para fazerem valer o seu direito a ter uma vida digna e fomos à luta”, disse.

No entanto, ela aponta para a situação crítica dos sindicatos desde 2017, com a retirada da contribuição sindical. “Hoje, os sindicatos que não se organizarem e não organizarem a categoria não vão sobreviver. Nós sabemos o quanto isso é sério. Temos trabalhado de forma séria com os trabalhadores da saúde visando despertar neles a importância do sindicalismo”, disse.

A vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Machado, que representa também a Federação dos Trabalhadores da Saúde em São Paulo, participou da conferência “Rompendo barreiras para ganhar crescimento sindical e poder com empresas multinacionais”, onde foi debatido o acordo Global da UNI com a Orpea. “Esse acordo fortalece a defesa dos direitos e da formalização desses trabalhadores”, explica Juliana. A multinacional francesa domina a prestação de serviços para idosos, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

“O enquadramento do cuidador do idoso é importante, porque tem impacto nas condições de trabalho de todos os profissionais da saúde, por isso eles devem ser incluídos no nosso movimento”, defende Juliana.

Leandro Barreto, que participou também do fórum de sindicalização, destacou a importância de campanhas de sindicalização serem realizadas o ano inteiro. “Desta forma, estamos junto à categoria trazendo mais confiança aos trabalhadores, ao mesmo tempo em que entendemos melhor suas necessidades”, disse.

UNI Américas

Com sede em Montevidéu, a UNI Américas, é o braço regional da UNI Global Union, que representa 20 milhões de trabalhadores em 150 países.