14/06/2022
Reivindicando melhores salários e direitos, os trabalhadores
do transporte rodoviário urbano de São Paulo resolveram cruzar os braços em
protesto à intransigência do setor patronal e do Poder Público. Sem avanços na
Campanha Salarial, a paralisação da categoria tem causado sérios transtornos no
trânsito paulistano, evidenciando a importância dos profissionais para o
funcionamento da maior cidade da América Latina.
Com data-base em 1º de maio, as tratativas de negociação da
Campanha Salarial iniciaram em meados de março. “Estamos há meses buscando o
diálogo, apresentando as reivindicações da categoria e tentando de todas as
formas convencer os patrões a oferecerem um reajuste equivalente ao índice da
inflação e eles foram irredutíveis. Depois de muita luta, propuseram o reajuste
apenas a partir de outubro, o que não é aceitável. A categoria também
reivindica pelo fim da hora de almoço não remunerada, o pagamento de 100% das
horas extras e PLR.”, afirmou o presidente em exercício do Sindmotoristas,
Valmir Santana da Paz (Sorriso).
Visando causar menos prejuízos à população e respeitando as
medidas da liminar expedida pelo TRT (Tribunal Regional de Trabalho), a
paralisação não foi total, ainda há veículos circulando pela cidade,
principalmente os que integram o sistema complementar – os quais fazem
itinerários nas adjacências dos terminais e linhas de trem, por exemplo.
“Nessa paralisação, estamos evidenciando a importância dos
motoristas, cobradores e profissionais do setor de manutenção para o
funcionamento da maior cidade da América Latina. Os patrões precisam reconhecer
a essencialidade da categoria para o dia a dia de São Paulo”, afirmou Sorriso.
O julgamento do dissídio da greve pelo TRT ficou agendado
para acontecer amanhã, dia 15, às 15h. Até o presente momento, oficialmente,
não houve nenhuma manifestação do setor patronal. A greve seguirá até o
julgamento.
Fonte e Foto: Sindmotoristas/SP
UGT - União Geral dos Trabalhadores