02/06/2022
Cobranças excessivas de metas, ameaças de demissão e de
exposição pessoal são alguns dos casos relatados
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco
Mercantil do Brasil (BMB), e os sindicatos afiliados denunciaram ontem (31),
casos de assédio moral e cobrança excessivas de metas contra os funcionários.
De acordo com os relatos apresentados, os casos foram praticados pela
Superintendência Comercial do banco. As denúncias incluem ameaças de demissão
sumária por uma Superintendente Comercial, caso os trabalhadores não cumpram as
metas impostas.
A representação da COE evidenciou a alta rotatividade no
Mercantil do Brasil, que gira em torno de 24% ao ano, o que atesta que o banco
se utiliza dessa estratégia para pressionar e amedrontar funcionários. A
representação observou, ainda, que as “temidas” videoconferências são
utilizadas com frequência como forma de tortura aos trabalhadores, que são
pressionados a venderem ou “empurrarem” produtos aos aposentados durante todo o
horário de atendimento.
A violência psicológica praticada foi exposta por meio de
exemplos como o de ameaças relacionadas ao horário de expediente e à exposição
do bancário. Relatos de que os os expedientes nas agências só seriam encerrados
após o cumprimento integral das metas e de que funcionários com as piores
performances seriam expostos junto aos demais colegas estão entre os
apresentados.
Para a representação dos trabalhadores, o ato reflete
covardia, descaso e incoerência da empresa, que se utiliza do marketing par
demonstrar um compromisso social inexistente, tendo em vista que na prática
demonstra frieza ao permitir o assédio moral contra seus funcionários e ao
impor essa taxa absurda de rotatividade para ameaçar constantemente os
bancários.
As soluções para os problemas continuarão sendo cobradas
pelo movimento sindical. Funcionários do Mercantil aprovam pauta de
reivindicações e plano de luta
Fonte e Foto: FEEB/SP-MS - Federação dos Bancários de São
Paulo e Mato Grosso do Sul
UGT - União Geral dos Trabalhadores