UGT UGT

Filiado à:


Filiado Filiado 2

Notícias

Comerciários de SP em defesa dos empregos do Shopping Paulista


27/07/2012

27/07/2012
Na manhã desta sexta-feira, 27 de julho, mais um ato organizado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, filiado à União Geral dos Trabalhadores (UGT), reuniu cerca de 2500 comerciários em prol da manutenção do emprego em São Paulo.
Desta vez, a manifestação foi em frente ao Shopping Paulista, cujos cerca de 6 mil funcionários estão sob risco de perder o emprego.
No total, 60 mil comerciários da capital, trabalhadores de 28 shoppings, estão vivendo uma situação de insegurança laboral por conta de problemas dos centros comerciais com a Prefeitura.
Trata-se de uma questão que afeta o povo brasileiro como um todo. Afinal, a cada R$ 1 do nosso PIB (Produto Interno Bruto), 60% vêm da área de comércio e serviços. Quando falamos em 60 mil comerciários, considerando uma base salarial de R$ 1620, estamos falando em cerca de R$ 97 milhões por mês deixando de circular no mercado. Consequentemente, podemos falar em diminuição de consumo, aumento de inadimplência, entre outros problemas.
Ricardo Patah, presidente do Sindicato, frisou que a entidade está estarrecida com os últimos acontecimentos. Estamos aqui para defender o direito dos comerciários. O trabalhador não pode pagar por problemas alheios a ele. Não vamos permitir que fechem nenhum shopping, a não ser por questões de segurança."
Já o diretor de Relações Sindicais Josimar Andrade fez questão de deixar claro que o Sindicato dos Comerciários de São Paulo não defende a ilegalidade ou a impunidade. "Mas não aceitamos que essa conta passe para o bolso do trabalhador", disse o diretor.
Maria Rosa Ortiz, funcionária do Shopping Paulista, diz estar se sentindo humilhada. "Se todo mundo sabia que o shopping estava irregular, por que deixaram abrir? Nós, empregados, é que não sabíamos dessa situação quando fomos contratados para trabalhar aqui. Agora, não é certo fechar e nos largar na rua", indignou-se a comerciária.
E é justamente essa a luta do Sindicato. "Por que fechar agora, depois de 23 anos de funcionamento? Queremos participar das negociações para regularizar essa situação e garantir o emprego dos trabalhadores", afirmou Antonio Evanildo Rabelo Cabral, Diretor de Educação, Formação Profissional e Esportes do Sindicato.
Cabral ressaltou, ainda, a importância de os empresários se empenharem nessa luta. "O problema é de todos. Temos que nos unir. Se o comerciário perder o emprego, o empresário também terá de fechar sua loja."
Isabel Kausz, que hoje é diretora do Sindicato, mas já trabalhou em loja de shopping, reforçou que os comerciários nada têm a ver com questões burocráticas e/ou legais do estabelecimento. "Os funcionários não buscaram essa situação. Não foram eles, por exemplo, que contaram o número de vagas do estacionamento. São pais e mães de família que precisam trabalhar."
A comerciária Ana Maria Gonçalves, há um ano no Shopping Paulista, está desesperada. "Eu dependo muito desse emprego para sobreviver. Não posso pagar pelos erros dos outros", disse.
Falando em erro, Neildo Francisco de Assis, diretor do Patrimônio do Sindicato, lembrou que "um erro não pode consertar o outro. Os comerciários não são responsáveis pelos equívocos cometidos na abertura do shopping".
O Secretário Geral do Sindicato, Edson Ramos, ressaltou o compromisso da Entidade: "O Sindicato dos Comerciários de São Paulo e os filiados da UGT estão buscando a manutenção do emprego dos trabalhadores. Os problemas dos órgãos públicos devem ser resolvidos entre eles. Nós sempre protegeremos o comerciário e seus direitos. Não vamos permitir que os shoppings sejam fechados".
Patah reforçou que o Sindicato fará quantas manifestações forem necessárias, aonde for. "Os comerciários sustentam nosso país. Precisamos garantir seus empregos e melhorar suas condições de trabalho. Vamos todos nos solidarizar para que nenhum shopping feche. Vamos entrar como assistentes no processo judiciário e ajudar a resolver essa questão", finalizou o presidente.
O protesto contou com apoio de outras entidades sindicais, como Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços em Geral de Hospedagem, Gastronomia, Alimentação Preparada e Bebida a Varejo de São Paulo e Região), Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo), Sincab (Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Sistemas de TV por Assinatura e Serviços Especiais de Telecomunicações) e o Sindicato de Cargas Próprias.
A próxima mobilização será na segunda-feira, 30 de julho, a partir das 8h, em frente ao Shopping Pirituba (Av. Benedito Andrade, 71/81 - Vila Pirituba). O Sindicato já realizou os seguintes atos: 20 de julho - Shopping Higienópolis
26 de julho - Shopping Frei Caneca e 27 de julho - Shopping Paulista.
Fonte: Imprensa do Sindicato dos Comerciários de São Paulo"


Categorizado em: UGT,


logo

UGT - União Geral dos Trabalhadores


Rua Formosa, 367 - 4º andar - Centro - São Paulo/SP - 01049-911 - Tel.: (11) 2111-7300
© 2023 Todos os direitos reservados.