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20/07/2012

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores - UGT e a Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo assinaram na tarde desta quinta-feira, 19 de julho, um Protocolo de Intenção onde a entidade sindical e a Secretaria se comprometem a efetivar, em 60 dias, o Programa São Paulo Contra o Racismo, mediante a realização de cursos de sensibilização acerca das questões étnico raciais para os comerciários. O Convênio foi assinado pelo presidente da entidade, Ricardo Patah, e pela Secretária de Justiça, Eloisa de Sousa Arruda.

O presidente dos comerciários, Ricardo Patah celebrou a assinatura e disse aos presentes que, em 2004 uma pesquisa realizada pelo Dieese, a pedido do Sindicato dos Comerciários, constatou que nos shoppings não chegava a 1% o número de trabalhadores afrodescendentes. Havia uma discriminação odiosa em todos os sentidos. A partir daí, o Sindicato dos Comerciários fez - e talvez tenha sido o primeiro do Brasil - uma convenção coletiva com a área de supermercados criando uma cláusula que passou a garantir que 30% do quadro de funcionários deveria ser de não-brancos."

Antonio Carlos Arruda da Silva, coordenador da Coordenadoria de Políticas para a População Negra e Indígena, disse que "o Protocolo de Intenções é como um noivado - o rapaz diz ao pai da noiva que quer se casar com sua filha e, como prova da sua seriedade, coloca uma aliança de ouro na mão dela". Portanto, o evento sela um compromisso de que em 60 dias será criado um Termo de Cooperação a fim de atuar no enfrentamento e superação da discriminação racial na área do comércio.

"Se as 500 mil pessoas que trabalham no comércio desta cidade receberem esta mensagem, imagina o potencial multiplicador disso? Então o comerciário é não só para nós, mas para toda a população brasileira, o que de melhor poderíamos ter para efetivar um programa de implementação e superação da discriminação racial."

A Secretaria da Justiça tem parcerias e convênios com outras entidades, como, por exemplo, a OAB, o PROCON e mais de 80 prefeituras. "Mas faltava a cereja do bolo, que é o Sindicato dos Comerciários, para enfeitar esta grande construção.", finalizou Antonio Arruda."