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10/07/2012
Homem forte" da igreja católica no Brasil, Don Eugênio Sales teve participação direta no enfrentamento à ditadura militar instaurada nos países do cone sul. Sua morte, ocorrida na noite de segunda-feira (9), vítima de um infarto agudo no miocárdio, é uma perda irreparável para os trabalhadores e toda a sociedade brasileira.
No ano 2000, o cardeal declarou que entre 1976 e 1982,ajudou cerca de 5 mil perseguidos políticos do Brasil e de outros países da Américado sul, principalmente militantes argentinos.
Don Eugênio contou que chegou a abrigar perseguidos emapartamentos da arquidiocese, usou carros oficiais para ajudar essas pessoas ase exilarem.
Durante anos o religioso foi apontado como "bispo vermelho",pois durante o regime militar brasileiro, Sales fundou inúmeras comunidades debase e sindicatos rurais, além de criar o pastoral do episcopado, voltado parapresos, menores infratores e moradores de comunidades carentes.
Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT), esta é uma grande perda para a sociedade brasileira que via na figura do arcebispo um homem que, apesar de seu conservadorismo religioso, enfrentou interesses de pessoas poderosas para lutar, ativamente, para que o Brasil fosse um país livre da repressão imposta pela ditadura militar e, acima de tudo, em prol da classetrabalhadora do campo.
Ricardo Patah, presidente Nacional da UGT"