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A hora e a vez dos trabalhadores


05/06/2012

04/06/2012

Por Mônica da Costa Mata Roma


O discurso de Juan Somavia, Diretor-Geral da OIT, na sessão de abertura da 101ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, além de marcar o final de um período longo do chileno à frente da OIT, ocorre em um momento em que o mundo se vê assolado por uma crise econômica e financeira que, segundo Somavia, não será eficazmente combatida pelas políticas de austeridade e de arrocho fiscal que vem sendo implantadas pelos países mais afetados pela crise, em especial os da Europa.

Segundo ele, a crise de 2008 sinalizou o início do fim do modelo de globalização e crescimento preponderante no mundo, e que esta crise representa um divisor histórico, um ponto de mudança, no qual a OIT tem a oportunidade de atuar como liderança e protagonista nos processos de mudança de paradigma econômico e social.

O diretor geral também chamou a atenção dos países que tem adotado medidas de austeridade que não protegem seus trabalhadores, prática que levará à estagnação econômica, diminuição do emprego, redução da proteção e um custo humano gigantesco, renegando os próprios valores preconizados pela Europa.

Para a diretora de Relações Internacionais da UGT, Mônica da Costa Mata Roma, o sucesso econômico das políticas de redução das dívidas europeias tem tido um custo social muito alto, e isto se agravará com o aprofundamento de uma crise que não será resolvida com incentivos e perdões fiscais, ou com empréstimos do FMI, instituição que prova mais uma vez ser o grande aproveitador dos desesperados, ou daqueles países que tem se apresentado como solucionadores da crise, como a Alemanha, que enfrenta hoje uma crise de confiança do seu governo, e que não tem condições políticas de sustentar todo o peso da crise dos países da zona do Euro. Na avaliação da UGT, e de sua Secretária Internacional, o trabalhador é a chave para a saída da crise, e sua força e determinação devem ser o motor da construção de um novo modelo econômico e de desenvolvimento, que tenha como prioridade não a construção de um Estado do bem-estar social, mas sim de um mundo justo e solidário, trabalhador e construtor do próprio bem-estar.

Mônica da Costa Mata Roma
Secretária de Relações Internacionais da UGT

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