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02/05/2012

O 1º de Maio, dia do Trabalhador, da UGT PARÁ,reuniu centenas de pessoas na Praça do Operário em Belém, onde esta central,que se pauta pela cidadania, ética e o compromisso com a sustentabilidade, fez uma festa diferente, prestando serviços para os trabalhadores que não podem resolver seus problemas nos dias úteis, porque os patrões não lhes dão licençado trabalho por nada. Expedição de carteiras de identidade e profissional,verificação da pressão arterial, consulta jurídica, corte de cabelo, entre outros, foram os serviços prestados pela UGT aos trabalhadores e seus familiares que se fizeram presentes desde às 7h30 no local do evento, no bairro de São Braz. Para animar a festa, houve a guitarra e voz de Betinho e Banda,sorteio de prêmios dos mais variados, além do sorteio de cerca de 500 cestas básicas.

Entre as lideranças que prestigiaram o evento da UGT, que, no Pará, tem a presidência do sindicalista Zé Francisco, estiveram o deputado estadual Edmilson Rodrigues e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará,Jarbas Vasconcelos, que é das bases trabalhadoras.

Segundo o presidente da UGT, Zé Francisco, a distribuição de cestas básicas no Dia do Trabalho não foi uma medida assistencialista da central, mas sim, uma forma de protestar contra os salários de miséria pagos no Estado do Pará e que não permitem que os trabalhadores possam se sustentar dignamente com suas famílias. Principalmente os supermercadistas, que, de todas as formas,procuram explorar seus empregados, impondo-lhes jornadas de trabalho desumanas diuturnamente, sem folgas, sem feriados e procurando recorrer à Justiça nos dias determinados para que fechem as portas conforme estabelecido nas convenções coletivas".

Todas as lideranças sindicais e políticas que usaram da palavra, tomaram posicionamento contra a forma como o governo federal vem implementando as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, sem levar em consideração as condicionantes impostas pelo Ministério Público Federal, a sustentabilidade e o aproveitamento da mão de obra paraense.

Houve também críticas ao fato de muitos equipamentos serem adquiridos pelo Consórcio Construtor de Belo Monte em outros Estados, quando esses mesmos equipamentos poderiam ser comprados de empresas paraenses, deixando aqui opagamento dos impostos que ajudariam, também, a alavancar o desenvolvimento.

Outra crítica feita em palanque, é contra a construção do BRT, pela Prefeitura de Belém, que não teve qualquer diálogo com a população para saber quais seus verdadeiros anseios.

Sindicalistas ligados ao setor do comércio, como Antonio Caetano, do Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados, e Ivan Duarte, do Sindicato dos Empregados no Comércio, usaram da palavra para exigir a regulamentação da profissão de comerciário.

Não faltaram, também, discursos exigindo a redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem perda de mercado de trabalho e redução de salários
pelo fim do fator previdenciário que está massacrando os trabalhadores
pelo estabelecimento das 30 horas semanais para os trabalhadores de enfermagem
contra as práticas anti-sindicais impostas pela patronal, além do pedido de unicidade sindical.

Zé Francisco, ao final do evento, agradeceu a todos os presentes, bem como, às pessoas que direta ou indiretamente colaboraram para que o 1º de Maio Cidadão da UGT Pará fosse coberto de êxito, posto que a classe trabalhadora compareceu em massa à Praça do Operário, e defendeu também que a luta permaneça, sobretudo quando se trata de exigir das autoridades federais,estaduais e municipais, a qualificação dos trabalhadores que, deste modo,poderão ocupar os postos de trabalho abertos no Estado do Pará com a implantação de projetos dos mais variados setores de desenvolvimento.

Fonte: ASCOM/ UGT-PA - Roberto Barbosa"