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Saudável concorrência: Ricardo Patah defende redução dos juros bancários


20/04/2012

20/04/2012


Ricardo Patah (*)

O governo da presidente Dilma Rousseff,antenado com a vontade popular, abriu a temporada de concorrência bancária no Brasil. Dois bancos oficiais, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, baixaram os juros para as pessoas físicas e jurídicas, obrigando os bancos privados a se mexerem também nessa área. O governo nada mais fez do que atender o consumidor, que não aguenta mais pagar os astronômicos juros embutidos nas compras. Os bancos faturavam cobrando spreads" (diferença entre o que pagam ao pegar recursos no mercado e o que cobram nos financiamentos) muito altos.

Os banqueiros privados sentiram o golpe do governo e estão naquele chororô de sempre, pedindo isenção fiscal e tributária para diminuírem os juros astronômicos e o "spread" vergonhoso. O governo Dilma, por meio de seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou claro que só pensará nos pedidos dos banqueiros quando estes reduzirem seus juros aos clientes. Atitude que a UGT (União Geral dos Trabalhadores) e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo apoiam. Porque com juros civilizados e com "spread" adequado a padrões da concorrência, definidos pelo Banco do Brasil e pela Caixa, os brasileiros que geram riqueza, os empresários dos setores produtivo, comercial e de serviços terão mais dinheiro para investir. E não terão, de um lado, os banqueiros que os arrocham com juros e, de outro, a onipresente voracidade fiscal do governo.

Se os bancos internacionais, conforme se vê,conseguem lucrar 30% (padrão) com um "spread" abaixo de 5%, os bancos brasileiros deveriam aprender com eles. No ranking mundial, o "spread" do Brasil, de 34,5%,só perde para o de Madagascar, com 38,5%. Não podemos nos esquecer de que a bola está com todos nós, consumidores e correntistas. Se começarmos a negociar a transferência de nossas contas (especialmente salariais) para os bancos públicos, os banqueiros entenderão o sinal e reduzirão suas taxas de juros sufocantes.


(*)Ricardo Patah, é presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo."


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