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Expressão modernamente usada para inverter os rumos de um fato já iniciado ganha corpo nas associações que defendem os interesses do patronato e também nos meios jurídicos. A desindustrialização é apresentada como perda irreparável da estrutura industrial do país e que freia sua capacidade de produção. Porém há de se considerar alguns elementos de ordens política que vão além das possíveis razões que alimentam a tese dos empresários.
A estratégia ora adotada é a de mobilizar a sociedade para o enfrentamento de eventual crise no setor, tornando a causa simpática a todos e, com esta força, sensibilizar os políticos de Brasília a reduzir a carga tributária com o objetivo de manterem as condições de lucro sem precisarem investir na força do trabalho, na tecnologia e na modernização dos meios de produção para serem competitivos.
Na campanha, a figura do trabalhador, por seus órgãos de classe, assume enorme importância, pois dá a entender que a história mudou, inicia-se um novo ciclo no qual trabalho e capital marcham lado a lado na busca de objetivos comuns. (?)
O que se esconde por trás do súbito interesse da alta camada patronal em discutir com sindicalistas o tema desindustrialização?
Será a busca de massa de manobra para ajudar os empresários a diminuir a carga tributária? Ou será a súbita e paradoxal preocupação destes em melhorar o nível de emprego?
Urge que o meio sindical promova uma discussão sobre este assunto.