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UGT pela defesa do imposto sindical


23/03/2012

23/03/2012

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e seus filiados começaram na manhã de quarta-feira (21/03), a discutir a questão da estrutura sindical que tem sido colocada em cheque a partir da tentativa órgãos de governo, de setores do empresariado e até mesmo parte da mídia, que defendem o fim da contribuição sindical. A UGT, com apoio de várias centrais, finca a bandeira nessa luta para defender esta contribuição em prol do trabalhador. Para tanto, vê como necessária a representação da classe trabalhadora na política e lançou a pré-candidatura a vereador por São Paulo do dirigente sindical da UGT, Chiquinho Pereira.

Ricardo Patah, que preside a central, falou da qualificação de Chiquinho, secretário de Organizações e Políticas Sindicais da UGT, para representar os trabalhadores na Câmara, como um gestor capacitado, uma vez que andou pelo Brasil todo ajudando a construir a UGT. É fundamental que a gente inicie um processo para determinar mudanças na política de nosso País. Vemos a imprensa, a Justiça, querendo pulverizar os sindicatos. E todos aqui sabem a dificuldade que é a manutenção dos sócios devido às práticas antisindicais dos empresários. E a nossa representação é na área da base da pirâmide. E isso nos orgulha", inflama.

A UGT representa trabalhadores da limpeza, das padarias, comerciários, motoboys, eletricitários entre outros setores. São áreas que ainda apresentam algum tipo de fragilidade ou por discriminação racial, acidentes de trabalho ou que ainda por ter um indice de informalidade muito grande. O índice de sindicalização no Brasil já passa a média de 20%, "o que explica uma estrutura adequada (uma minoria europeia alcança 60%, EUA e Japão são bem inferiores do índice brasileiro, por exemplo). "Ao mesmo tempo se fala muito na questão de custeio e nós precisamos realmente da manutenção do imposto sindical, não dá para abrir mão do imposto", argumenta Patah na defesa de que a boa estrutura sindical brasileira é bastante considerável.

O dirigente lembra que, apesar de na Europa e EUA não ser cobrado o imposto, é o governo que custeia boa parte dos orçamentos dos sindicatos. "Tem certas coisas que precisamos desmistificar, como a portaria 186, que é um manual de como fazer sindicatos. E aí que precisamos aprimorar, para não ter as falhas do sindicato. É preciso ter coragem e determinação para enfrentar o que é melhor para o Brasil, no que tange a estrutura sindical. Então temos que nos unir e definir para informar a sociedade. A UGT dar inicio a essa campanha através das TVs e jornais, para mostrar a sociedade que temos homens e mulheres comprometidos (as) com um sindicalismo sadio", reforça Ricardo Patah falando sobre a importância das conquistas do movimento sindical.

Moacir Pereira, secretário de Finanças da UGT e presidente da Sindicato de Asseio e Conservação de Limpeza Urbana (Siemaco) levantou as questões que fazem pauta do movimento sindical e que estão no Ministério Público (MP). "Quero pedir uma ação concreta da UGT no sentido de barrar essa investida do MP contra os sindicatos. O Siemaco encontra muitas práticas antisindicais. Nós denunciamos as empresas ao MP e ele simplesmente ignora nossos pedidos", reclama Moacir Pereira reforçando que o sindicato não tem poder de polícia, mas o de fiscalizar.

São cobradas as ações políticas dos sindicatos, mas estes não têm a força de um poder público, daí a importância de se colocar representantes da classe trabalhadora nas Assembleias, Câmaras e Congresso. "A maioria dos sindicatos não consegue viver sem a contribuição sindical. Acabar com a contribuição sindical, pura e simplesmente, sem uma alternativa, não pode ser. Lá fora tem o delegado dentro das fábricas e empresas. Aqui fazemos barulho fora do setor de serviços. São diferenças enormes. Chiquinho vai sair candidato esse ano. E ele com certeza vai ser um dos grandes pilares de sustentação da classe trabalhadora na Câmara de São Paulo", defende Pereira.

Antonio Salim dos Reis, que é vice-presidente da UGT e vice-prefeito de Carapicuíba, no papel de representante dos trabalhadores no município, ressalta a representação trabalhista que se tinha anteriormente no Brasil e que o movimento sindical acabou perdendo. "Nós perdemos por uma campanha grande que dizia que se gastava muito dinheiro e era preciso economizar, fator que acabou com a representação dos trabalhadores nos tribunais de trabalho. O que aconteceu na sequência: aumentou o número de juízes. E as ações que haviam nos tribunais, resolvidas amigavelmente, foram retiradas", lembra Salim.

Para ele, a única maneira de garantir o trabalhador é colocar parlamentares representando a classe, vereadores em todas as cidades, deputados estaduais e representantes federais. "Precisamos nos juntar para eleger uma grande bancada no Congresso Nacional, aí seremos ouvidos. Não há trabalhador forte, com um movimento sindical fraco. Precisamos fazer com que o trabalhador seja forte. Chiquinho e outros dirigentes a candidato: força! tenham orgulho de dizer: eu sou dirigente sindical", enfatiza.

Na opinião do secretário-geral da UGT, Canindé Pegado, para tudo existe um momento e é preciso dar bom aproveitamento às questões. "A igreja católica tem seus momentos: quaresma e outros momentos específicos, quando se fazem as divinas mensagens. No movimento sindical também temos momentos específicos para levarmos para nossas conversas e propostas. No momento de hoje, a UGT, que defende etico e cidadão, está no momento eleitoral, é o momento político", pontua.

E a UGT, por seu trabalho sistemático de defesa dos trabalhadores, necessita discutir o momento político eleitoral. "A UGT tem 4 anos e meio, mais de mil filiados e representamos mais de 7 milhões de trabalhadores. Temos os melhores dirigentes e colocamos como ponta de lança, o companheiro Chiquinho Pereira, por ser um sujeito experiente, experimentado na luta nacional, internacional, conhecedor da classe trabalhadora, não somente na teoria, mas na prática também. E nossos companheiros têm um lema só: fazer o melhor para a classe trabalhadora", desafia.

Ramalho, da Força e do setor de construção civil, e que também esteve presente mostrando a união do movimento sindical, frisou que não adianta lançar vários candidatos se o movimento eleger um. "Ganha eleição quem tem estrutura", reforça o sindicalista para a importância da busca de uma estrutura com o compromisso político.

Para representar a importância da mulher na política e no movimento, Cristina Palmieri, representante do Comitê de Sustentabilidade da UGT, defendeu a importância da contribuição sindical como meio de o sindicato ajudar a classe trabalhadora. "Estamos trabalhando em cima dos direitos e interesses de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Temos o direito de ter parlamentares trabalhando para o movimento sindical. Quem está fazendo alguma coisa por nós lá em cima? Todos os segmentos têm representantes. E Chiquinho, é muito importante que tenha dentro de sua plataforma a condição feminina. Porque os direitos da mulher quando são violados, são violados os direitos humanos. E é importante estarmos juntos. Então tenha uma atenção para nós, mulheres trabalhadoras. E finalizando, estamos falando tanto em sustentabilidade, e quero convidar os demais sindicatos a se engajar também. Vamos lutar pelo setor urbano e rural, para termos cidades sustentáveis. E essa luta não é fácil".

Chiquinho Pereira, que além de dirigente da UGT é presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo destacou a importância a luta dois trabalhadores em defender a permanência do imposto sindical. "Meus amigos, os dois temas aqui colocados são importantes. Eu pararia qualquer atividade nossa para discutir a questão da contribuição sindical. Falo não só pela representatividade econômica, falo do que vem por trás: não é de hoje que tentam acabar, quebrar as pernas do movimento sindical brasileiro! É uma luta pesada do grande capital mundial que tem interesse em manter os trabalhadores sobre suas portas", analisa Chiquinho.

Ele chama a UGT a se posicionar de forma mais dura e a resgatar a história do mundo sindical. "A luta começou há muito tempo. Conhecemos o nascedouro dessa brincadeira toda. Hoje, qualquer sindicato que bata nas portas dos tribunais, está fardado a perder a luta não só por aquele movimento que está brigando, mas sujeito a ser enquadrado pelo MP, por uma série de coisas que vêm de uma linha de tentar enfraquecer o movimento sindical. Se abrirmos mão disso, estaremos abrindo mão da nossa luta que é a de ajudar os trabalhadores", afirma.

É no protesto contra o trabalho escravo, na segurança do trabalho, contra a exploração e ameaça de morte, onde há ausência de autoridade, que a UGT vai continuar sua batalha. "Vamos continuar trilhando no caminho. Doendo ou não, forte ou fraco, mas vamos continuar seguindo. E há uma questão que n"


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