06/05/2022
Carteira de crédito foi um dos destaques do balanço do
banco, com forte alta de 18% em um ano; por outro lado, também houve aumento da
inadimplência da instituição, que somou 3,2%
O lucro líquido do Bradesco somou R$ 6,82 bilhões no primeiro
trimestre de 2022, uma alta de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o serviço Prévias Broadcast, o resultado veio em linha com o que
esperavam analistas. Segundo o banco, o crescimento do lucro refletiu os
aumentos das receitas com prestação de serviços e de concessão de crédito.
Segundo consenso Refinitiv com analistas, a expectativa era
de que o banco registrasse um lucro de R$ 6,762 bilhões, ou uma alta de 3,8% na
base anual.
A média das estimativas das sete casas consultadas pelo
serviço – Bank of America, BTG Pactual, Itaú BBA, Goldman Sachs, JPMorgan,
Safra e UBS BB – apontava para lucro líquido de R$ 6,72 bilhões. O resultado do
Bradesco ficou 1,54% acima dessa estimativa. O Prévias Broadcast considera que
os resultados vêm em linha com a estimativa quando ficam até 5% acima ou abaixo
da média.
Um dos destaques do balanço foi o avanço da carteira de
crédito, que subiu 18,3% em 12 meses, fechando o mês de março em R$ 834,5 bilhões.
Por outro lado, o banco também apontou alta de 0,7 ponto porcentual na
inadimplência, para 3,2%, na mesma comparação.
Segundo o banco, a alta das margens está associada à
elevação do spread, que mede a diferença entre o custo de captação e os juros
ganhos nos empréstimos. A margem total do banco, que mede o spread, subiu de
9,1%, índice registrado tanto em março quanto em dezembro do ano passado, para
9,7%, no primeiro trimestre deste ano.
“O crescimento dos ativos continua contribuindo com a evolução
da margem, com destaque para financiamento de veículos, cartão de crédito,
crédito pessoal, conta garantida e capital de giro,”, afirma o Bradesco em seu
informe de resultados.
De acordo com o presidente do banco, Octavio de Lazari, os
resultados do Bradesco foram positivos diante de um cenário global mais
desafiador. “Estamos satisfeitos com as entregas deste primeiro trimestre. O
mundo é outro, está em transformação, e, nesse contexto, são intensas as
mudanças globais na política monetária, no câmbio e na inflação. Isso gera
volatilidade”, disse ele, em nota à imprensa.
Lazari afirmou que o conglomerado está focado na escala, no
investimento em tecnologia, na inovação e em um rigoroso controle dos
orçamentos. Em março, a carteira de crédito expandida do Bradesco estava em R$
834,5 bilhões, um aumento de 18,3% em 12 meses.
Segundo o informe de resultados do banco, a originação média
diária em 12 meses cresceu 26%, graças ao bom desempenho das operações com
pessoas jurídicas. Ao todo, 32% dos R$ 75 bilhões em créditos liberados pelo
banco no trimestre foram concedidos via canais digitais, alta de 44% em um ano.
Perspectivas para
2022
O Bradesco alterou as projeções de desempenho (guidances)
para o ano de 2022 diante das mudanças ocorridas no cenário macroeconômico
desde que os números foram informados ao mercado, em fevereiro. O banco agora
prevê uma expansão mais forte nas margens e nas receitas, mas também nas
provisões contra a inadimplência.
No caso das margens com clientes, a previsão de expansão
agora está na faixa de 18% a 22% em relação ao resultado de 2021. Antes, o
Bradesco previa alta entre 8% e 12% - uma expansão tímida, que desagradou ao
mercado à época.
O banco prevê ainda que as receitas com prestação de
serviços crescerão de 4% a 8% neste ano, ante estimativa anterior de alta entre
2% e 6%. As despesas operacionais devem crescer de 1% a 5%, em previsão de alta
menor que a anterior, de 3% a 7%.
Fonte e Imagens: FEEB/PR - Federação dos Bancários do Estado
do Paraná
UGT - União Geral dos Trabalhadores