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GOVERNO ENFRENTA GREVE NO BANCO CENTRAL, INSS, PF E MINISTÉRIO DO TRABALHO


05/05/2022

Depois de assembleia na última sexta-feira (29/4), os servidores do Banco Central retomaram a greve por tempo indeterminado. Os funcionários, que já ficaram 19 dias parados em abril, se unem aos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), que também cruzaram os braços em busca de reajuste salarial.

 

As mobilizações do funcionalismo público ganharam força depois dos contundentes acenos do presidente Jair Bolsonaro (PL) às carreiras policiais. A pressão deu resultado, e o governo recuou, anunciando reajuste linear de 5% para todas as categorias da União.

 

O valor, no entanto, é considerado inadequado pelos servidores. A porcentagem mínima, para repor as perdas salariais sofridas, segundo eles, desde o início da atual gestão do Palácio do Planalto, seria de 19,99%, chamado de “reajuste salarial emergencial”.

 

No INSS e no MTP, a greve acontece desde o fim de março. De acordo com o MTP, a fila para realização de perícias médicas já passa de 1 milhão de agendamentos.

 

Servidores do INSS se reúnem, durante esta semana, com representantes do órgão para negociar em prol do reajuste e também reestruturação das carreiras.

 

O novo momento de paralisação no Banco Central teve início depois que o presidente da instituição, Roberto Campos Netto, não promoveu encontro com representantes do sindicato e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

 

“Acreditamos que essa parte da luta vai ser até o governo ceder, abrir negociação e montar uma proposta”, defende Fábio Faiad, do Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal).

 

Faiad explica que 50% dos servidores do órgão estão em greve, com perspectiva de aumento da adesão. Serviços essenciais, como o PIX, não serão prejudicados. Funções de relações do banco com sistemas financeiros, sim, devem apresentar alterações.

 

Existem, ainda, as categorias que optaram pela operação padrão como forma de pressionar o governo federal. A estratégia, também chamada de operação tartaruga, consiste em, por exemplo, analisar documentações de modo mais rigoroso, com mais tempo gasto em cada atividade.

 

Dentro deste grupo estão, por exemplo, os auditores fiscais federais agropecuários e funcionários da Receita Federal. (Fonte: Metrópole)

 

Delegados da PF aprovam paralisação, renúncias e pedem saída de ministro da Justiça

Categoria está revoltada com a falta de reajuste e de reestruturação da carreira, prometida pelo governo Bolsonaro (Por Luana Patriolino)

 

Indignados com a falta de resposta do governo federal sobre o reajuste e reestruturação da carreira, os policiais federais decidiram, em Assembleia-Geral Extraordinária, aprovar paralisações parciais e progressivas, além da entrega de cargos em todo país. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (4/5), pela Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). A classe também pede a renúncia do ministro da Justiça, Anderson Torres — que é delegado federal.

 

De acordo com nota da entidade, as paralisações serão definidas em calendário a ser divulgado com demais categorias da Polícia Federal. “Foram aprovadas, ainda, ações de mobilização e conscientização da população durante as atividades administrativas, como controle imigratório, de armas, de produtos químicos e segurança privada, realizadas pela PF”, diz trecho do comunicado.

 

Os servidores cobram publicamente o presidente Jair Bolsonaro (PL). “A ADPF reforça a gravidade do momento e do posicionamento do presidente da República, que, depois de se comprometer publicamente e já com orçamento reservado para a reestruturação das carreiras, decidiu não honrar com a própria palavra, gerando um clima de revolta e insatisfação generalizada nunca antes visto entre os servidores da PF”, diz o posicionamento.

 

Servidores do Ipea lançam livro sobre "assédio oficial" de Bolsonaro

A ADPF também frisou que o chefe do Executivo usou a bandeira da segurança pública para se eleger. “É importante destacar que a segurança pública foi a maior bandeira de campanha do governo Bolsonaro, e o destacado trabalho das forças de segurança vem sendo utilizado, indevidamente, pelo presidente como instrumento de marketing para a sua reeleição. Os policiais federais merecem respeito. Investir em Segurança Pública é investir em seu principal ativo: o policial”, diz a nota.

 

No fim do ano passado, o governo anunciou R$ 1,7 bilhão no Orçamento da União, mas, após outras categorias protestarem pelo subsídio, o Executivo recuou e anunciou um reajuste linear (para todas as categorias da União) de 5%. Mesmo assim, para a PF, esse percentual continua inaceitável.

 

Enquanto a categoria pressiona por um aumento, o governo afirma ainda não ter nenhuma posição sobre o assunto. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse, recentemente, que “nenhuma decisão está tomada” em relação ao reajuste salarial dos funcionários públicos.

 

Fonte e Imagem: FEEB/PR - Federação dos Bancários do Estado do Paraná




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