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Mercado faz leve mea culpa com Banco Central


18/11/2011

18/11/2011
A atividade econômica do país está em clara desaceleração. A inflação perde ritmo e mostra queda mais consistente. O consumo esfria, o varejo vende menos e a indústria continua reduzindo a produção. A criação de empregos formais começou a cair neste segundo semestre. Os dados não mentem e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, assiste a tudo de camarote.
As enormes diferenças entre o BC e economistas, analistas e executivos do mercado parecem diminuir, depois de três meses de desentendimentos. Tombini surpreendeu a todos quando iniciou o corte nos juros em agosto, justificando que a economia brasileira estava prestes a sofrer muito com a deterioração da crise na Europa. Mesmo com toda pressão sobre sua credibilidade, o presidente do BC manteve-se firme em sua convicção de que os indicadores da economia mostrariam que ele estava certo.
Muitos daqueles que discordaram visceralmente do Copom há três meses, estavam com as farpas recolhidas num encontro entre economistas e diretores do BC em São Paulo nesta quinta-feira. A reunião acontece a cada três meses e serve para equilibrar as informações recolhidas pelo BC para o fechamento do Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente. Mas é também um bom termômetro para medir a relação entre os diretores da instituição e os representantes do mercado financeiro.
Havia sim um sentimento de que o BC tinha se antecipado ao mercado e acertado quanto a desaceleração precoce da atividade. Sobre a inflação, também houve melhora da projeção de 2012 para todos. Na maioria das vezes, a projeção caiu de 5,7%-5,8% (para o IPCA) para algo entre 5,5% e 5,4%, com viés de baixa" relata um dos participantes da reunião, economista de uma consultoria.
Até então, as análises sobre o comportamento da inflação em 2012 estavam bem diferentes das projeções do BC. O modelo de Tombini aponta uma inflação mais próxima da meta de 4,5% no ano que vem. Os riscos estão menores, mas ainda há pontos importantes de divergência.
"Para maioria do mercado, a inflação tende a preocupar cada vez menos em 2012, embora ninguém chegue perto da previsão do BC de um IPCA no centro da meta no próximo ano", ressalva o economista ouvido pelo G1.
"De modo geral, há consenso de que a economia está em rápida desaceleração, reduzindo os riscos inflacionários. No entanto, há divergência quanto aos impactos da crise internacional sobre a atividade doméstica e o momento em que a recuperação aconteceria. Os mais otimistas com crescimento tendem a ser mais preocupados com inflação. Para outros analistas, a retomada pode ser lenta, refletindo um quadro externo ainda muito negativo. Neste caso, o viés é para uma inflação mais baixa, ainda que haja algum consenso de que o IPCA deva ficar acima da meta em 2012″


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