28/04/2022
IGP-M acumula alta de 6,98% no ano e de 14,66% em 12 meses
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que mede a
inflação do aluguel, subiu 1,41% em abril, ante 1,74% no mês anterior. Com o
resultado, o índice acumula alta de 6,98% no ano e de 14,66% em 12 meses. Em
abril de 2021, o índice havia subido 1,51% e acumulava alta de 32,02% em 12
meses.
Os dados foram divulgados hoje (28) pelo Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
IPA
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,45% em
abril, ante 2,07% em março. Na análise por estágios de processamento, a taxa do
grupo Bens Finais subiu 3,10% em abril. No mês anterior, a taxa do grupo havia
sido de 2,75%.
Segundo o Ibre/FGV, a principal contribuição para esse
resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de
4,60% para 10,80%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais, que
exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu
2,04% em abril ante 1,56% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,06% em março
para 3,40% em abril. O principal responsável pelo resultado foi o subgrupo
combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 8,02%
para 12,04%. O índice de Bens Intermediários, obtido após a exclusão do
subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 1,78% em abril,
após variar 1,02% em março.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 1,82% em abril,
após registrar alta de 1,53% em março. “Contribuíram para o recuo da taxa do
grupo os seguintes itens: soja em grão (7,28% para -7,02%), milho em grão
(2,48% para -7,22%) e suínos (10,05% para -3,99%). Em sentido oposto,
destacam-se os itens aves (1,77% para 15,47%), mandioca/aipim (-2,30% para
12,35%) e leite in natura (3,30% para 8,80%)”, informou a FGV.
Segundo o coordenador dos Índices de Preços, André Braz,
importantes commodities agrícolas contribuíram para o arrefecimento da inflação
ao produtor. “Soja, milho e café, grãos que respondem por 13% do IPA,
apresentaram queda média de 7,3% e contribuíram para o recuo de 1 ponto
percentual na taxa do IPA. A desaceleração só não foi mais expressiva, dado o
aumento dos preços do Diesel (14,70%), da gasolina (11,29%) e dos
adubos/fertilizantes (10,45%), que responderam por 60% da inflação ao
produtor”, afirmou o pesquisador, em nota.
IPC
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,53% em abril,
ante 0,86% em março. Todas as classes de despesa componentes do índice
registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição
partiu do grupo Transportes (1,15% para 2,94%). Segundo a FGV, nessa classe de
despesa, o destaque é o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de
1,36% em março para 5,86% em abril.
Também apresentaram acréscimo em suas taxas de variação os
grupos Educação, Leitura e Recreação (0,44% para 1,57%), Saúde e Cuidados
Pessoais (0,17% para 0,75%), Habitação (0,75% para 0,93%), Despesas Diversas
(0,26% para 0,84%), Alimentação (1,73% para 1,82%), Vestuário (0,91% para
1,23%) e Comunicação (-0,12% para 0%).
“Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes
itens: passagem aérea (1,73% para 9,50%), medicamentos em geral (0,26% para
2,44%), gás de bujão (2,02% para 6,07%), serviços bancários (0,20% para 1,24%),
aves e ovos (0,33% para 2,38%), calçados (0,68% para 1,65%) e tarifa de
telefone residencial (-1,26% para 0,73%)”, informou a FGV.
INCC
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,87%
em abril, ante 0,73% em março. Os três grupos componentes do INCC registraram
as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e
Equipamentos (0,29% para 1,35%), Serviços (0,79% para 0,73%) e Mão de Obra
(1,12% para 0,46%).
Fonte e Foto: Agência Brasil
UGT - União Geral dos Trabalhadores