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Copel será denunciada no MPT e na OIT


11/11/2011

11/11/2011
O coletivo sindical dos trabalhadores na Copel (formada por 12 sindicatos), vai encaminhar ao MPT-Ministério Público do Trabalho e a OIT-Organização Internacional do Trabalho, denúncia-crime contra essa companhia paranaense de eletricidade por práticas antissindicais. A decisão foi tomada após a divulgação de um vídeo institucional da Copel falando sobre a campanha salarial 2011.
A campanha salarial dos trabalhadores eletricitários neste ano foi marcada pela posição da Copel de manter distanciamento dos sindicatos e disponibilizou apenas dois dias para negociação da pauta dos trabalhadores com os dirigentes sindicais. Para tumultuar e confundir os trabalhadores um vídeo foi produzido e encaminhado, por email, ainda durante o período de negociações sindicais a cada empregado declarando que era inútil recusar a proposta da empresa nas assembleias, e fazendo acusações às entidades sindicais e diretores anteriores da Copel.
Para o presidente do Sindenel (Sindicato dos Eletricitários de Curitiba) e diretor da UGT-PARANÁ, Alexandre Donizete Martins, entendemos que no atual nível das relações entre sindicatos e empresas não cabe mais manifestações patronais coercitivas e intimidatórias aos trabalhadores que visem impedir a manifestação espontânea e democrática dos trabalhadores nas decisões que afetam sua vida profissional."
O presidente do Sildelpar, (Sindicato dos Eletricitários do Paraná) e diretor da UGT-PARANÁ, Paulo Sérgio dos Santos , classificou a atitude da empresa de anacrônica e inaceitável. Atitudes como estas têm a clara intenção de tumultuar o relacionamento entre empregados, sindicatos e Copel. Além de uma extrapolação de autoridade e abuso de poder, o que vimos não só no vídeo como durante todo o processo de negociação, é um atitude de desprezo em relação aos trabalhadores, que são quem faz a Copel ser a empresa forte que é. Lutaremos pelos direitos dos trabalhadores, e exigimos respeito aos em pregados da Copel".
O coletivo dos sindicatos de trabalhadores enviou uma nota oficial à imprensa (leia a íntegra abaixo) destacando o link onde a diretora da Copel faz suas declarações.


Nota à imprensa

Negociação salarial da Copel: sindicatos farão denúncia no Ministério Público e na OIT contra diretora de Gestão Corporativa

Em vídeo, empresa faz "terrorismo psi cológico" sobre empregados e diretora faz insinuações sobre práticas negociais da própria empresa.

Houve um tempo em que no Brasil não se negociava com trabalhadores. Foi necessário uma pequena revolução no ABC Paulista no final dos anos 70 para que isso começasse a mudar. Hoje infelizmente há lideranças eleitas democraticamente em cuja equipe há pessoas que querem esvaziar a democracia que as alçou ao ponto em que estão.
Em meio ao processo de Acordo Coletivo de Trabalho para o período 2011/2012 da Copel surge a verdadeira face da negociação: na quinta feira, dia 03 de novembro, um vídeo chega aos empregados e é publicado na Internet. Nele, a Diretora de Gestão Corporativa Yara Eisenbach, diz aos trabalhadores que "o trabalho é mais produtivo quando as pessoas são felizes" e que a proposta que a empresa apresentou é final, "séria" e diferente do visto em anos anteriores, nos quais ocorriam procedimentos que ela chamou de "barganhas" entre os sindicatos e diretorias anteriores, insinuando inclusive a existência de "cartas na manga" no processo negocial. Acusações sérias, pesadas e que visam minar o movimento sindical, além de desqualificar a própria empresa perante a sociedade, o mercado e os próprios acionistas.
Esse vídeo chegou ao conhecimento do público em meio às assembleias para avaliação da proposta pelos trabalhadores. É importante que se diga que nas assembleias realizadas até a divulgação do vídeo, a resposta geral era a rejeição da proposta da empresa. Após a intervenção da diretora, verificou-se um aumento na aceitação dos termos da empresa, inclusive com a aprovação por algumas entidades sindicais. Outra constatação interessante é que o vídeo foi veiculado após a aprovação da proposta pelos sindicatos ditos diferenciados, que inicialmente participaram das negociações em conjunto com os sindicatos majoritários.
A estratégia percebida ao longo de toda a condução do ACT foi a da dissensão, da provocação e da c onfusão pelo cansaço: desde o início, com a demora em marcar as negociações
na falta de dados claros e de argumentos por parte da empresa ao negar a maior parte das reivindicações dos empregados
e agora na intimidação dos trabalhadores, por meio de terrorismo verbal via internet, com uma diretora se prestando ao papel de denegrir entidades legítimas de representação dos empregados e até mesmo a própria empresa.
A atitude demonstrada não é isolada: prova disso são as muitas demissões sem justa causa na Copel
é o fato de que, cada vez mais, questões pessoais surgem no relacionamento entre empresa e empregados
é que a distancia se acentua, com uma diretoria que recusa o diálogo.
A proposta dita "final e séria" da empresa baseia-se em aumentos já aplicados nos salários dos empregados em virtude de um Plano de Cargos implantado neste ano. A realidade é que estes aumentos são ajustes há muito tempo necessários para adequação ao mercado, suprindo defasagens existentes na folha, e não representa aumento real
este é o entendimento dos sindicatos, do Dieese e da maioria dos eletricitários que disseram não ao que empresa propôs.
Os sindicatos representativos dos empregados da Copel estão, neste momento, lutando por mais qualidade para os trabalhadores, por bons serviços à sociedade e, principalmente, pela manutenção da democracia. As atitudes da diretoria serão alvo de denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho e de representação formal na OIT, Organização Internacional do Trabalho, além das medidas judiciais cabíveis.

Link para o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=i0Sksh7dviI


Assinam:
Coletivo Sindical d os Empregados da Copel e Coletivo Sindical Majoritário dos Empregados da Copel
Sindelpar - Sindel - Sintec/PR - Senge/PR- Siemcel - Steem - Stiecp - Sindenel - Sindespar - Sintespar - Sinel - Sinefi

Fonte: UGT-Paraná"


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