26/04/2022
Sonia Santana preside o Sindcine – Sindicato dos
Trabalhadores na Indústria Cinematográfica. Ela escreveu artigo em defesa da
cultura e contra a apologia às armas.
Ela também falou à Agência Sindical sobre a Lei Rouanet e o
Fundo Setorial Audiovisual, que financia projetos a partir de recursos fiscais
gerados pela própria indústria. “No nosso caso, os subsídios vêm muito mais do
Fundo, que é dinheiro do setor”, afirma.
Para a dirigente, o ex-secretário da Cultura, Mário Frias, e
o ex-secretário de incentivo e fomento à Cultura, André Porciuncula, querem uma
sociedade armada. Em 28 de março, Porciuncula, então responsável pela análise
de projetos pra incentivo pela Lei Rouanet, disse que o governo tem R$ 1,2
bilhão para dois “mega-eventos”, verba que poderia ser utilizada por produtores
de conteúdos audiovisuais pró-armas.
Segundo Sonia, “há uma política deliberada do governo
visando confundir as pessoas e rebaixar o audiovisual”. Ela esclarece que a Lei
Rouanet foi modificada pela própria Secretaria da Cultura e teve redução de
vários valores de incentivo. O máximo a ser captado por projeto caiu de R$ 10
milhões pra R$ 6 milhões.
Fundo – O Fundo Setorial do Audiovisual é uma parcela dos
impostos recolhidos pela própria atividade, como cinema e televisão, ao exibir
as obras. Ou seja, subsidia produções com receitas que o próprio audiovisual
gera.
Para Sonia Santana, a imagem de um país se associa à
qualidade do seu cinema. Ela ressalta que o audiovisual tem credibilidade, gera
empregos, traz inovação tecnológica, forma profissionais e gira ampla cadeia
produtiva. E finaliza: “Essa gente não entende de cultura.”
Fonte e Foto: Agência Sindical
UGT - União Geral dos Trabalhadores