18/04/2022
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do
Bradesco-Contec esteve reunida quarta-feira (13), de forma virtual, com
representantes do Banco. A reunião foi conduzida pelo coordenador da COE
Bradesco/Contec, Gladir Basso, pelo secretário da COE, Breno Ferreira e por
Sérgio Luiz da Costa. O Banco Bradesco foi representado por Silvia Eduara
Cavalheiro e Simone Tavares Alves, ambas da área de Relações Institucionais e
Relações Sindicais do Banco.
Gladir Basso abriu a reunião cumprimentando a todos os dirigentes
sindicais presentes e agradeceu o agendamento e aos representantes do Banco por
atenderem ao pedido feito pela COE Bradesco/Contec. Em seguida, transmitiu a todos os
cumprimentos do presidente da Contec, Lourenço Ferreira do Prado, que teve sua
ausência justificada pelo fato dele estar retornando do XLIX Encontro de
Dirigentes Bancários de Minas Gerais para Brasília no momento da reunião.
Plano de saúde
Em seguida passou a palavra a Breno, secretário, e a Sérgio
Costa, presidente Feeb/GO/TO que ressaltou receber várias demandas a nível
nacional, principalmente em relação ao plano de saúde, que não tem uma
cobertura satisfatória nas unidades do interior. Passada a palavra à
representante do Banco, Eduara cumprimentou a todos e se colocou à disposição
para ouvir as demandas.
A reunião iniciou com o tema das dificuldades para os novos
credenciamentos de profissionais no plano de saúde. O plano tem solicitado
muitas certidões e alguns profissionais deixam de fazer o credenciamento por
causa da burocracia.
Outra reivindicação é sobre o valor dos reembolsos de
consultas, que são baixos quando comparados aos valores das consultas de
profissionais especialistas, que variam de R$ 500 a R$ mil por consulta. Outra
reinvindicação apresentada é a formulação de um novo plano de saúde para os
aposentados, que ao sair do Banco, ficam sem plano.
Eduara mencionou que o Bradesco Saúde tem a maior rede
referenciada do País, mas que existem problemas pontuais e é necessário um
trabalho contínuo para esse diagnóstico. Falou sobre a importância em entender
o porquê do processo de credenciamento de profissionais, clínicas, hospitais
ser burocrático ao exigir muitos controles. Havendo interesse do profissional
em ser credenciado, a documentação precisa ser avaliada junto aos órgãos
públicos e ANS. A necessidade de cada região precisa ser avaliada também. E por
fim tem a negociação de valores de mercado.
Com relação ao reembolso de consultas, a representante do
Banco disse que o modelo de seguro saúde adotado prioriza a utilização da rede
referenciada, que não é um modelo que incentiva pedidos de reembolso. O
propósito do negócio é ter uma grande oferta de profissionais e que o
beneficiário use a rede, embora ele tenha a possibilidade de reembolso. Afirmou
que o valor de reembolso adotado hoje é compatível com o mercado. Sobre um
plano para aposentados, a representante do Banco alega que o Bradesco oferece
um plano diferenciado para os funcionários e dependentes dos funcionários, que
é integralmente custeado e não há intenção do Banco em mudar o modelo vigente.
Plano de desempenho
Sobre o Plano de Desempenho Extraordinário (PDE) – forma de
remuneração linear -, Breno informou que as reclamações dos funcionários não
contemplados continuam, principalmente dos assistentes de gerentes e
supervisores administrativos, que ajudam a cobrir afastamentos, férias,
substituições e não são contemplados no PDE.
A representante do Banco esclareceu que o objetivo do plano
de remuneração variável é premiar o desempenho individual, diferentemente da
PLR. O plano premia individualmente olhando para o resultado de algumas linhas.
Quanto aos elegíveis, respondeu que quando se fala dos gerentes de conta,
gerente comercial, gerente de PAB, PA, dentre outros, eles são avaliados 80%
pelo faturamento líquido da carteira e mais 20% pelo resultado operacional. O
gerente da agência não tem carteira, mas ele é responsável pelos funcionários
que têm carteira. Essas carteiras refletem no resultado operacional da agência,
que vai refletir no PDE desse gerente. No caso do gerente administrativo, ele é
responsável pelas despesas que influenciam diretamente o resultado operacional,
este é o desenho do programa. Assim, o Banco consegue medir o desempenho
individual deles, a contribuição específica de cada funcionário. Quanto aos não
elegíveis, como por exemplo o escriturário, o caixa, os resultados do trabalho
deles têm o conceito coletivo de PLR. Não é possível que o PDE seja linear
devido ao conceito do plano. O PDE tem um objetivo muito específico e não faz
sentido transformar ele numa PLR ou em outros planos similares.
Os sindicatos solicitaram uma reavaliação do plano, ou a
criação de um novo modelo de plano para atender os gerentes assistentes e
outros cargos, que auxiliam os contemplados no PDE a atingir suas metas.
Demissões
Sobre o item demissões, Breno informou que muitos
funcionários têm entrado em contato com os sindicatos informando que querem ser
demitidos, o que tem causado preocupação ao movimento sindical. Pediu também
para debater a respeito dos Funcionários de PA´s que fecham e que os
funcionários não podem retornar para a sua agência de origem com outro cargo.
Por exemplo, um funcionário que vai para PA não pode retornar para a agência de
origem como PJ. Ele terá que assumir como gerente numa outra agência. Às vezes
o funcionário vai para o PA e desconhece isso na ponta. É um questionamento
levantado pelos funcionários ultimamente.
Gladir afirmou que dirigentes sindicais de várias regiões do
país têm recebido dúvidas de funcionários que querem que o Banco os demita e
lembrou que movimento sindical luta pela manutenção dos empregos e não é
coerente pedir isso ao Banco. Diante dessa situação, a representante do Banco
foi questionada se os motivos desses pedidos estarem ocorrendo foram detectados
pelo Banco. Ainda sobre os motivos dos pedidos de demissão, o Sr. Gilberto
(Seeb Ponta Grossa) observou que ainda têm acontecido nas agências casos de
funcionários que assumem o cargo antes da promoção que muitas vezes demora para
ocorrer.
Eduara concordou com a análise feita por Gilberto e destacou
sobre o tema promoção sem a devida efetivação, que o Banco já equacionou essa
questão desde que o tema foi levantado em reuniões anteriores e informou que
essa situação não é para acontecer. Pediu aos sindicatos que reportem ao setor
de relações sindicais do Banco quando essas situações pontuais acontecerem.
Sobre os pedidos de demissão, contextualizou que é um
fenômeno multifatorial que tem ocorrido no setor bancário, não só no Bradesco.
No passado os pedidos de demissão giravam dentro do próprio setor, com
funcionários transitando entre Bradesco e outros bancos. Isso continua
existindo, mas não justifica o número alto de pedidos que têm ocorrido. Hoje o
Banco observa a ampliação da concorrência como Fintechs, consultorias
financeiras PJ etc. O conhecimento e habilidade do bancário, que só circulava
dentro do setor, vêm sendo requeridos para fora do setor. Outro motivo
observado em entrevistas feitas pelo Banco é que muitas pessoas têm mudado seu estilo
de vida após a pandemia.
Com relação a PA, Eduara se comprometeu a analisar e trazer
futuramente para discussão.
COVID-19
Sobre o tema Covid 19, a representante enfatizou que o único
Banco grande que não retornou ao trabalho com o grupo de risco foi o Bradesco.
Na decisão de revogação da obrigatoriedade do uso das máscaras em nível
federal, o Bradesco foi o único Banco que continuou a exigir dos funcionários o
uso das máscaras como forma de proteção e continua a fornecer a máscara com
tripla camada, recomendada pela ABNT. Relatou que o Banco está cumprindo as
medidas de proteção solicitadas pelo movimento sindical nas últimas reuniões. O
índice de vacinação dos funcionários, declarados voluntariamente, é de 85%. No caso das
gestantes, o Bradesco não as obrigou a voltarem. Se a gestante quiser voltar
voluntariamente, será encaminhada para análise do Viva Bem e terá que estar
imunizada.
O Banco está fazendo o retorno dos centros administrativos,
mas com o avanço da ômicron no início do ano, não foi possível cumprir o
combinado com a COE de até janeiro retornar com 100% dos funcionários, com
exceção do grupo de risco. Após o carnaval, como combinado em mesa nacional, o
Banco retomou o retorno gradativo dos imunizados com pelo menos 2 doses, com
exceção do grupo de risco ou gestante, que só volta voluntariamente e após
análise.
O não vacinado não retorna nesse primeiro momento e o Banco
está fazendo um trabalho de explicação e conscientização.
Gladir perguntou sobre o acordo assinado referente ao teletrabalho,
que seria aplicado quando caísse o estado de emergência. Eduara respondeu que
para a pessoa ser elegível ao teletrabalho, primeiro o Banco tem que entender
se a sua atividade a torna elegível. Os diretores de cada área do Banco farão
essa análise e, então, o funcionário receberá um convite, que pode aceitar ou
não.
Pagamento de táxi
Sobre o pagamento de taxi para deslocamento para outra
cidade ou para visita de clientes com reembolso efetuado na conta do
funcionário, a representante informou que há as seguintes opções: a utilização
do aplicativo coorporativo, que o Banco paga diretamente. Eventualmente se o
funcionário precisar usar taxi ao invés do aplicativo, o reembolso acontecerá
vinte e quatro horas após o trâmite no sistema interno, com aprovação do
gestor. E tem a alternativa conquistada na mesa, que é o km rodado.
Gladir finalizou a reunião agradecendo a presença de todos e
a disponibilidade dos representantes do Banco em receber as reivindicações do
movimento sindical e levá-las à diretoria do Banco no sentido de atender os
pleitos do movimento sindical. Agradeceu ainda à diretoria de Recursos Humanos
do Banco, que tem ajudado sistematicamente na solução dos problemas que ocorrem
diariamente a nível nacional, como elo de ligação entre o movimento sindical e
a diretoria do Banco.
Fonte e Foto: Feeb/PR - Federação dos Bancários do Estado do
Paraná
UGT - União Geral dos Trabalhadores