12/04/2022
Até dezembro, serão promovidas atividades de prevenção dos
acidentes
O Ministério do Trabalho e Previdência lançou hoje (12) a
Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Canpat). Promovida
pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com outros órgãos
e instituições, a iniciativa é realizada desde 1971, com o objetivo de
estimular a adoção de práticas que resultem na redução do número de acidentes
laborais
Até dezembro, a campanha promove atividades direcionadas
para prevenção e redução de acidentes de trabalho. Em outubro, como parte da
campanha nacional, será realizado o Dia Nacional da Segurança nas Escolas.
“A Canpat tem um cronograma base. De abril até dezembro,
fazemos seminários, palestras, debates, divulgamos vídeos e publicações
relacionados à segurança no trabalho. E entre abril e setembro, intensificamos
as operações de fiscalização”, informou o auditor-fiscal do Trabalho, José
Almeida Júnior, gestor da campanha na subsecretaria.
Este ano, a ação tem como tema Gestão de Riscos
Ocupacionais: identificar perigos, avaliar riscos, prevenir acidentes e doenças
no trabalho. Segundo o subsecretário de Inspeção do Trabalho do ministério,
Rômulo Machado, o mote foi escolhido a fim de transmitir a noção de que todos
podem contribuir para agir preventivamente e tentar evitar acidentes.
Lançamento
“Ano após ano, temos conseguido reduzir a taxa de acidentes
do trabalho no país, o que não significa que já tenhamos um cenário ótimo”,
disse Machado, durante a cerimônia de lançamento da campanha, realizada de
forma remota e transmitida pelo canal da Escola Nacional de Inspeção do
Trabalho.
Ao proferir palestra sobre o gerenciamento de riscos
ocupacionais, o auditor-fiscal do Trabalho, Luiz Carlos Lumbreras Rocha, disse
que os acidentes continuam sendo uma chaga.
"Nossa taxa de incidência, ou seja, o número de
acidentes divididos por mil trabalhadores, vem caindo desde a década de 70. Mas
a queda já foi mais acentuada - da mesma forma que a taxa de mortalidade – e
queremos fazer mais”, disse Rocha, destacando a existência de estudos que
apontaram que cada dólar investido em segurança no trabalho resulta na economia
de US$ 3 a US$ 5.
“O que o empregador e as instituições investem em prevenção
de acidentes laborais não é gasto. É investimento”, afirmou a ministra do
Tribunal Superior do Trabalho (TST) e coordenadora Nacional do Programa
Trabalho Seguro da Corte, Delaíde Miranda Arantes.
“Houve progressos na prevenção nas últimas décadas, mas
ainda temos, no Brasil, números muito preocupantes de acidentes e doenças,
mesmo que o conhecimento acumulado pelos especialistas indiquem que a maioria
dos acidentes são previsíveis e, portanto, passíveis de prevenção.”
Ações
O secretário de Trabalho do ministério, Luís Felipe Batista
de Oliveira, destacou que os investimentos em ações de preventivas resultariam
em benefícios para toda a sociedade.
“Acidentes e doenças representam vidas perdidas, mutilações,
incapacitações, sofrimento e custos para todos. Os ambientes seguros e
saudáveis propiciam ganhos para todos. Os empregadores ganham com o aumento da
competitividade, a redução do absenteísmo e dos dias parados. Os trabalhadores,
com um aumento da satisfação com o trabalho e com a redução dos riscos e das
despesas com medicamentos e hospitais. O governo ganha com a redução de vidas
perdidas e das despesas com pensões e com atendimentos médicos. Além do aumento
da competitividade”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
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