07/04/2022
Cumprimento a todos os jornalistas que, historicamente, desafiaram as autoridades e fizeram da sua profissão um exercício de luta em prol da democracia e da cidadania.
Hoje vivemos em tempos difíceis. Jornalistas são atacados diariamente das maneiras mais vis e, não raro, sofrem moral, psicológica e fisicamente.
O Brasil é territorialmente gigante e, nos rincões mais afastados, é ainda mais difícil o exercício dessa profissão. As pressões são insuportáveis e o risco de vida é permanente.
A democracia, a cidadania crítica, precisa de informação. Não somos ingênuos, sabemos o quanto as grandes corporações procuram influenciar diretamente na produção de noticias que representem os seus interesses, mas sabemos também o quanto os verdadeiros jornalistas resistem e conseguem transmitir a informação que interessa para que o povo possa fazer seu juízo de valor.
Temos vivido tempos em que alguns tentam reescrever a história. Mirian Leitão foi só mais um exemplo de como é perversa a perseguição aos jornalistas por parte do atual governo.
É conhecida a frase – de autor desconhecido – de que “na guerra, a primeira vítima é sempre a verdade”. Não vivemos uma guerra declarada, mas sofremos na carne e no espírito os efeitos maléficos de um governo pervertido e torpe, tal qual numa guerra. Aos jornalistas cabe a tarefa de desconstruir as pós-verdades e fazer do fato concreto um instrumento de informação para apreciação da população.
Meu abraço aos imprescindíveis. Aos jornalistas que lutam.
Viva Herzog!
Enilson Simões de Moura - Alemão
UGT - União Geral dos Trabalhadores